Dólar cai e fecha a R$ 5,16 após dados do emprego nos EUA

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (6), após passar boa parte da sessão em forte alta. A moeda chegou a romper o patamar dos R$ 5,20, após dados do “payroll” (relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos) virem muito acima do esperado.


No início da tarde, porém, com a reavaliação dos números por parte dos investidores, o dólar inverteu o sinal positivo e passou a cair.


Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, abriu em queda, mas também mudou de direção e fechou em alta.


Inicialmente, a impressão era de que um número muito alto de novas vagas de trabalho impactaria diretamente na inflação do país, e poderia levar Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a manter os juros elevados por mais tempo na maior economia do mundo.


A possibilidade perdeu força porque salários de trabalhadores ficaram estáveis e a taxa de desemprego não caiu.


Dólar

 


Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,14%, cotada a R$ 5,1615. Veja mais cotações.


Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,2207. O dólar não ficava acima do patamar dos R$ 5,20 desde março deste ano.


No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,1524, no maior patamar em seis meses. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:


  • •altas de 2,68% na semana e no mês;
  • •queda de 2,21% no ano.


Já o Ibovespa, por sua vez, marcou alta de 0,78%, aos 114.170 pontos.


Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,28%, aos 113.248 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:


  • •quedas de 1,92% na semana e no mês;
  • •alta de 4,19% no ano.


O que está mexendo com os mercados?

 


Com os juros americanos entre 5,25% e 5,50%, maior patamar em duas décadas, todas as notícias que reforcem a possibilidade de permanência das taxas em alto patamar geram estresse no mercado.


Fed tem sinalizado que deve mantê-los elevados até que a inflação esteja controlada e de volta à meta, de 2%. Hoje, a inflação anual está perto de 3,7%.


Acontece que, nesta sexta-feira, a criação de vagas de emprego nos Estados Unidos aumentou em setembro e superou com força as expectativas do mercado. Foram abertas 336 mil novas vagas de empregos não-agrícolas no mês, enquanto as projeções apontavam para uma geração de 171 mil vagas. Assim, a taxa de desemprego dos EUA permaneceu em um recorde de 18 meses de 3,8%.


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