O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi transferido para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), no Complexo da Papuda, em Brasília.
O setor é uma ala para presos considerados vulneráveis.
A defesa do agente havia pedido que ele fosse para o batalhão da Polícia Militar chamado de “Papudinha”, voltado aos policiais militares presos.
A Justiça do Distrito Federal, no entanto, negou a solicitação por Silvinei não ser PM e o transferiu para a ala de vulneráveis, por ser aposentado da PRF.
Na cadeia, a CNN apurou o ex-diretor da PRF reclamava da alimentação, por ser celíaco e não poder comer alimentos com glúten, como pão. Inclusive, disse a pessoas próximas que perdeu peso.
O secretário de Administração Penitenciária do DF, Wenderson Teles, explicou à CNN que entre 850 e 900 presos recebem alimentação diferenciada todos os dias na capital.
Silvinei, portanto, seria mais detento com a restrição alimentar, não um preso especial.
O agente também tem manifestado preocupação com seus dois cães de estimação, que ficaram aos cuidados de um amigo da família em São José (SC).
Os amigos, aliás, fizeram vaquinha durante agosto para levantar dinheiro para pagar a defesa do ex-diretor da PRF.
Algumas fotos, com cartazes e encontros públicos foram postados nas redes sociais. O valor total arrecadado não foi divulgado.
Silvinei Vasques foi preso em 9 de agosto pela Polícia Federal suspeito de usar a PRF para impedir que eleitores do Nordeste chegassem aos locais de votação.
Mais de 2 mil ônibus foram parados em blitze em locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem eleitoral. Silvinei nega interferência e diz que nenhum eleitor deixou de votar no segundo turno.
Na semana passada, a defesa do ex-diretor da PRF pediu ao STF a revogação da prisão preventiva, mas o ministro Alexandre de Moraes negou.