Mansão de traficante avaliada em R$ 2,5 mi é demolida na Rocinha, Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio realizaram, nesta quarta-feira (13), uma operação de demolição de uma mansão de luxo com três andares e cobertura, construção irregular que estava sendo erguida no alto da comunidade da Rocinha, em São Conrado, na zona sul.


Agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Secretaria de Ordem Pública estiveram no local na manhã de hoje.


Engenheiros da prefeitura estimam que já foram investidos R$ 2,5 milhões na construção do imóvel, que tinha uma área de aproximadamente 600m2, sendo 100m2 de terraço descoberto com vista privilegiada da praia de São Conrado.


A obra estava sendo feita sem autorização da Prefeitura, era ilegal e colocava em risco quem fosse morar no local, além dos imóveis ao redor. De acordo com levantamento dos setores de inteligência dos órgãos, a casa seria de uma das lideranças do crime organizado da região.


“Essa é mais uma ação conjunta da SEOP com o Gaeco, essa parceria importante da Prefeitura com o Ministério Público. Seguiremos realizando essas demolições de construções irregulares com foco principal na preservação das vidas, recentemente nós vimos um deslizamento acontecer ali na Rocinha, mas também no ordenamento da cidade e na asfixia do crime organizado, uma vez que os setores de inteligência mapearam uma possível relação do crime organizado local com essa construção”, ressalta o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.


A demolição foi feita de forma manual, com ferramentas e equipamentos portáteis, já que o local não comporta a chegada de máquinas. A operação contou com apoio da secretaria municipal de Conservação, Rioluz, Polícia Militar e da Guarda Municipal.


No início de agosto, outro imóvel de luxo foi demolido na Rocinha. A casa tinha investimento estimado de R$ 1 milhão. A Secretaria de Ordem Pública informou que desde 2021 realizou mais de 2.800 demolições de construções irregulares, sendo 75% em áreas que sofrem influência do crime organizado.


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