Em dia de nervosismo no mercado global, a bolsa e o dólar reagiram negativamente. A moeda norte-americana aproximou-se de R$ 5 e fechou no maior valor em 40 dias. A bolsa de valores caiu pela quarta vez seguida e atingiu o menor nível em quase quatro meses.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (26) vendido a R$ 4,987, com alta de R$ 0,021 (+0,42%). A cotação chegou a abrir em baixa, mas voltou a subir após a abertura do mercado norte-americano. Na máxima do dia, por volta das 16h30, chegou a R$ 4,99.
Com o desempenho desta terça, a moeda norte-americana acumula alta de 0,73% em setembro. Em 2023, a divisa cai 5,55%.
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 114.193 pontos, com recuo de 1,49%. O indicador atingiu o menor patamar desde 5 de junho.
Dois fatores externos contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, os investidores voltaram a apostar em nova alta de juros do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) antes do fim do ano. A divulgação de recentes dados econômicos que mostram superaquecimento da economia americana reforçou a expectativa de uma elevação, no segundo semestre, dos juros da maior economia do planeta.
O segundo problema diz respeito à economia chinesa. A descoberta de novos escândalos contábeis na incorporadora Evergrande voltou a provocar temores de que a crise no mercado imobiliário da China se aprofunde. Isso afeta países emergentes, como o Brasil, que são grandes exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático.