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CPI das Pirâmides Financeiras aprova quebra de sigilo bancário de Ronaldinho Gaúcho

A CPI das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, aprovou, na tarde desta quarta-feira (27), um requerimento para a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira.


O pedido – de autoria do relator, deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP) – requer “a quebra de sigilo bancário e fiscal de Ronaldo de Assis Moreira e de Roberto de Assis Moreira, para requerer junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) o encaminhamento de seus Relatórios de Inteligência Financeira”.


A CPI investiga a empresa 18k Ronaldinho por suposto esquema de pirâmide que prometia até 400% de lucro por mês por meio do investimento em criptomoedas.


O ex-jogador optou por ficar em silêncio ao ser questionado sobre a promessa de rentabilidade de 400%.


Ronaldinho afirmou que sua imagem foi usada indevidamente pela empresa. O relator, Ricardo Silva (PSD), questionou se o ex-atleta chegou a tomar alguma atitude jurídica diante disso. Ele negou.


Em seguida, o relator mostrou campanhas publicitárias da Ronaldinho 18k protagonizadas pelo ex-jogador e as classificou como “criminosas”. Na peça em que indica que a empresa promete 400% de rentabilidade, o relator questionou se o jogador procurou a Justiça.


“Vou ficar em silêncio”, respondeu Ronaldinho.


Em seu depoimento, o ex-jogador afirmou que não é fundador e sócio da Ronaldinho 18k e disse que firmou, em um primeiro momento, um contrato com uma empresa chamada 18k Watch Corporation para licenciar sua imagem para a criação de uma linha de relógios.


Em 2019, ele teria assinado um contrato com a 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios de licença temporária de uso de imagem, nome, assinatura, apelido e som de voz para divulgação de uma empresa de marketing multinível.


“Esse contrato previa a comercialização de outros produtos além dos relógios. Logo após a assinatura, chegou ao conhecimento do meu irmão que o senhor Marcelo [Lara, dono da empresa] estava utilizando indevidamente a minha imagem em uma empresa sem qualquer autorização”, disse.


Segundo o jogador, Marcelo Lara havia registrado na junta comercial uma empresa de nome 18k Ronaldinho Comercio e Participações LTDA. Ele disse que nunca autorizou essa empresa a utilizar seu apelido na razão social da empresa.


Ele afirmou que espera que os proprietários da empresa 18k Ronaldinho sejam responsabilizados e que a companhia “manchou” o nome dele.


“Gostaria muito mesmo que eles fossem pegos, porque eles mancharam meu nome, usaram indevidamente meu nome. Fico muito triste pelas pessoas que foram enganadas, gostaria de poder ajudar de alguma forma.”


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