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Consumo nos lares brasileiros cresce 2,58% até agosto, diz associação de supermercados

O Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,58% de janeiro a agosto de 2023 na comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a


Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).


Após registrar alta expressiva em julho (4,24%), o consumo se manteve estável em agosto, encerrando o mês em 0,80%. Na comparação com agosto de 2022, o crescimento é de 4,12%.


O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


As quedas consecutivas nos preços dos alimentos contribuíram para o aumento no volume de itens adicionados à cesta de consumo.


“A estabilidade de renda combinada com a queda nos preços dos alimentos permitiu ao consumidor acrescentar mais itens na cesta de abastecimento dos lares e buscar itens de valor agregado, a exemplo da carne bovina”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.


Em agosto, dentre os principais recursos injetados na economia estão: R$ 14,25 bilhões do programa Bolsa Família, R$ 608 milhões em Auxílio Gás, R$ 1,7 bilhão em pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (INSS), R$ 7,5 bilhões do 4º lote de Restituição do Imposto de Renda.


Para setembro, estão previstos os repasses de R$ 14,58 bilhões do Bolsa Família – segundo maior patamar liberado no ano, o pagamento do último lote


de Restituição do Imposto de Renda e a liberação de R$ 2,30 bilhões para pagamento de Requisições de Pequeno Valor (INSS) – maior valor já pago no ano.


Em agosto, a cesta Abrasmercado registrou queda de -1,71% na comparação com julho. No ano, a queda acumulada é de -4,89%. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.


O consumo de proteínas foi favorecido pela maior oferta no mercado interno e pela melhora da renda os consumidores. Em agosto, os recuos foram: cortes dianteiros (-1,10%), cortes traseiros (-1,78%). No ano, as quedas acumuladas são de -9,21% e -12,03%, respectivamente.


Outras proteínas seguiram a tendência de queda registrada nos meses anteriores: frango congelado (-2,04%) e pernil (-0,85%). Pela primeira vez no ano,


os ovos registram queda -3,15%.


Dentre os itens básicos, a queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-8,27%). No acumulado do ano, a queda é de -12,77%.


Na comparação com meses anteriores, o recuo do óleo de soja foi menor (-1,03%). No entanto, dentre os alimentos básicos é o item com maior recuo de preços no acumulado do ano (-28,86%).


Outras quedas vieram da farinha de trigo (-1,79%), do café torrado e moído (-1,50%), da farinha de mandioca (-0,61%).


As quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-3,35%), leite em pó (-1,30%), margarina cremosa (-1,18%).


Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em sabonete (-0,62%), xampu (-0,26%). As altas foram registradas em: creme dental (+0,33) e papel higiênico (+0,31%).


Em limpeza, houve recuo nos preços da água sanitária (-0,92%), desinfetante (-0,28%).


Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Centro -Oeste (-2,25%), seguida de Sudeste (-1,96%), Sul (-1,57%), Nordeste (-1,48%), Norte (-0,98%).


No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de -1,53% em agosto ante julho e o preço, na média nacional, caiu de R$ 309,75para R$ 305,00.


As principais quedas vieram de feijão (-8,27%), leite longa vida (-3,35%), farinha de trigo (-1,79%), café torrado e moído (-1,50%), massa sêmola de espaguete (-1,28%), margarina cremosa (-1,18%), carne bovina – corte dianteiro (-1,10%), óleo de soja (-1,03%), farinha de mandioca (-0,61%).


As altas foram registradas no arroz (+1,14%), no açúcar refinado (+0,35%), no queijo muçarela (+0,28%).


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