Em relação aos casos gerais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, detectou-se sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), mas de aumento na de curto prazo (últimas três semanas).
No Acre, após longo período em alerta especialmente em relação ao público infantil, as SRAGs dão sinais de estabilidade no curto prazo e queda no longo prazo.
Para os vírus da influenza A, Sars-CoV-2 (Covid-19) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes atesta que a situação, até o momento, continua de relativa estabilidade, com queda ou estabilização em um patamar relativamente baixo na maioria dos estados. No entanto, reforça a importância da vacinação:
“A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da Covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirma o pesquisador.
Nesta atualização, três estados apresentaram sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Espírito Santo, Roraima e São Paulo. Em Roraima, os casos estão majoritariamente localizados nas crianças de até dois anos de idade.
Já nos dois estados da região Sudeste, o aumento se concentra nas faixas de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade. O crescimento nesse grupo também se destaca nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, possivelmente associado ao rinovírus.
Entre as capitais, oito registraram crescimento no número de casos: Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Em Natal, Porto Alegre, Salvador e São Paulo o foco está nas faixas etárias de 2 a 4 e 5 a 14 anos de idade, embora na capital gaúcha também se observe crescimento no grupo a partir de 65 anos. Boa Vista e Porto Alegre apresentam aumento de ocorrências nas crianças de até dois anos de idade.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A (3,8%) , influenza B (1,2%), vírus sincicial respiratório (20,4%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (25,1%).
Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (4,4%), influenza B (4,4%), vírus sincicial respiratório (10,3%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (54,4%).
Referente ao ano epidemiológico 2023, já foram notificados 124.430 casos de SRAG, sendo 48.316 (38,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 61.153 (49,1%) negativos, e ao menos 8.086 (6,5%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.
Dentre os casos positivos do ano corrente, 9,1% são Influenza A, 4,8% Influenza B, 40,3% vírus sincicial respiratório (VSR), e 30,4% Sars-CoV-2 (COVID-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3,8% para influenza A, 1,2% para influenza B, 20,4% para vírus sincicial respiratório, e 25,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).