Um acreano de apenas 17 anos tem rompido barreiras e conquistado destaque no automobilismo nacional. Nesta sexta-feira, 04, Pedro Antunes falou sobre amor pelo esporte e os passos que vem enfrentando para ingressar na Liga Fórmula I.
Segundo ele, começou a entrar em uma pista de corrida aos 6 anos, aqui em Rio Branco e depois de um longo tempo de especialização e treinos, passou a competir em São Paulo.
“Faz 11 anos que a gente está nessa caminhada e agora estamos na categoria de fórmula, que é a base para entrar na Fórmula 1. Estamos muito bem no campeonato, com ajuda total do governo e patrocinadores. Estamos nos saindo muito bem”, explicou.
Antunes, que é o mais novo na categoria Fórmula Vee Brasil, destaca quais os inventivos para se manter no pódio. “Eu creio que por eu ser acreano, a gente vai lá com mais garra e mais força, porque sabe que as coisas para quem mora aqui são mais difíceis”.
O competidor ainda explica como ocorrem as fases e treinamentos, já que mora na capital do Acre, questão em que afirma ser ainda mais cansativo, por não ter um autódromo para se especializar.
“São 8 etapas durante o ano e a gente fica nesse vai e volta. Vamos 3 dias antes, faço a competição e retornamos. Os treinos, eu tenho um simulador em casa, que meu pai fez com um serralheiro. Aí são 5 ou 6 horas no dia. Acordo e durmo pensando em carro”, comenta.
Questionado se já possui um retorno financeiro e garante o sustento com a realização, Pedro afirma que isso ainda não é possível, já que para participar das corridas, é preciso gastar ainda mais do que se recebe.
“O patrocínio que a gente ganha ainda usamos para fazer as corridas, então ainda não temos nenhum retorno. As corridas são bastante caras. E geralmente quem está lá é pelo sonho mesmo. Ninguém está pensando no dinheiro, porque mais se gasta, do que realmente ganha”, apontou.
Na categoria a qual está atualmente, todos os equipamentos, como carros e equipe, são os mesmos para todos e para isso, ele reafirma que para ser destaque no meio, é preciso apenas ter força de vontade.
“A categoria é de entrada, então é realmente uma escola. Os carros são iguais, é uma equipe só para todo mundo. Então é tudo igual, só se destaca os pilotos que são melhores e mais esforçados”, concluiu.