Na Cúpula da Amazônia, Lula esquece petróleo e fala em produzir energia limpa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira, durante seu discurso na Cúpula da Amazônia, que o Brasil deve liderar a produção de fontes de energia limpas como a solar, a biomassa, o etanol e o hidrogênio verde.


Lula ainda prometeu que no seu governo o “Brasil desempenhará papel central na transição energética”.


A declaração foi dada depois do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dizer que o mundo ainda não pode renunciar ao combustível fóssil.


“O mundo ainda, infelizmente, não chegou ao ponto de poder renunciar à matriz energética atual, que tem o combustível fóssil como predominante”, disse o ministro ao chegar ao hotel onde a comitiva presidencial está hospedada em Belém (PA) para participar da cúpula.


O ministro se coloca como antagonista na decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que negou o pedido da Petrobras para realizar pesquisas sobre a possibilidade de exploração de petróleo e gás natural na foz do Amazonas.


Meta de desmatamento

O presidente ainda ressaltou a meta de desmatamento zero do Brasil até 2030. O país vem defendendo a inclusão no texto final da cúpula do número, que integra o seu plano de combate ao desmatamento na Amazônia.


“Estamos empenhados em reverter esse quadro.  Já podemos ver resultados. Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma redução de 42,5% nos primeiros sete meses deste ano. Assumimos o compromisso de zerar o desmatamento até 2030”, disse Lula.


Segundo fontes do governo brasileiro, houve convergência no propósito de reduzir o desmatamento na região com metas intermediárias, mas os países não quiseram se comprometer com zerar o desmatamento em um prazo determinado.


Críticas ao governo Bolsonaro

No discurso, Lula voltou a criticar o ex-presidente Bolsonaro. O presidente disse que a “crise política” levou ao poder “um governo negacionista com consequências nefastas.”


“Meu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado. Os índices de desmatamento voltaram a crescer.Suas políticas beneficiaram apenas uma minoria que visa o lucro imediato”, comentou o chefe de estado brasileiro.


 


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