O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou nesta segunda-feira (7/8) que o mundo não está preparado para abandonar a matriz energética baseada na exploração de petróleo e na queima de combustíveis fósseis.
“O mundo ainda, infelizmente, não chegou ao ponto de renunciar a matriz energética atual que tem o combustível fóssil ainda predominante”, defendeu o ministro.
A declaração de Silveira aconteceu logo depois da sua chegada em Belém, capital do Pará, onde acontece a Cúpula da Amazônia. O ministro se coloca como antagonista na decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que negou a exploração de petróleo e gás natural na foz do Amazonas.
Alexandre Silveira apoiou o pedido da Petrobras para realizar pesquisas exploratórias na Margem Equatorial, mais conhecida como foz do Amazonas, em busca de combustíveis fósseis.
“Eu tenho a convicção de que todos os brasileiros e brasileiras têm o direito de conhecer as suas potencialidades minerais, seja de petróleo, gás, seja dos minerais críticos das terras raras”, declarou.
Em contraponto, também em Belém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), apoiou a decisão do Ibama e disse que a resolução tem parecer técnico.
Ibama nega licença de perfuração à Petrobras na bacia da foz do Amazonas
A discussão sobre a liberação ou não da exploração na foz do Amazonas tem apresentado um ponto de divergência entre representantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ala ambiental acompanha o parecer do Ibama sobre potenciais riscos ao meio ambiente, enquanto Silveira deseja liberar a exploração na região.
“[A exploração] depende de quanto achar, como achar, de onde achar, com que critérios achar e com que profundidade”, completou Silveira.
A Petrobras deseja explorar uma área localizada a 179 km da costa de Oiapoque, no extremo norte do Amapá, e a 500 km da foz do rio Amazonas.
Por Metrópoles