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Herdeiros do “Rei da Soja” discutem divisão de patrimônio bilionário em audiência

A disputa de herança de André Maggi, conhecido como “Rei da Soja”, dá mais um passo. A família deve se encontrar em audiência de conciliação no dia 21 de agosto, o que pode resultar na partilha de um patrimônio bilionário.


O motivo é uma acusação de Carina Maggi — filha concebida fora do casamento de André com Lúcia Maggi. Ela afirma que houve ocultação de bens do pai antes da divisão do patrimônio, por meio de alterações contratuais com assinaturas falsas.


Quando André faleceu, em 2001, Carina recebeu R$ 1,9 milhão. O que, corrigido, equivale hoje a aproximadamente R$ 10,6 milhões.


O “Rei da Soja” foi o precursor do grupo Amaggi — um dos maiores conglomerados de agronegócio do mundo, com atuação no Brasil, China, Argentina, Paraguai, Holanda, Noruega, Suíça e Cingapura.


Segundo o ranking da Forbes de 2022, a Amaggi é a 10ª maior empresa de agronegócio no Brasil, com receita de R$ 38 bilhões.


Depois de descobrir que o pai passou as ações societárias de duas empresas para a esposa pouco antes de morrer, Carina começou a questionar a veracidade das assinaturas nos documentos.


As empresas são as chamadas “joias” do grupo — Agropecuária Maggi e Sementes Maggi — e não entraram na partilha de bens entre os filhos por não estarem no patrimônio de André quando ele faleceu.


Carina acusa a família de ter realizado uma manobra e resolveu contratar uma perita para analisar os documentos.


O laudo concluiu que as assinaturas das alterações de contrato das empresas não batem com outros documentos mais antigos e são, portanto, falsas.


A perícia foi apresentada à Justiça do Mato Grosso como parte da apelação que pede a anulação dos contratos de alteração societária.


Em julho, a CNN noticiou o caso e entrou em contato com o grupo Amaggi. Em nota, a empresa informou que por tratar de uma questão ligada diretamente à família, não iria se pronunciar sobre o tema.


Na época, os integrantes da família Maggi que atuam nos negócios responderam que não irão comentar o assunto, reservando-se a tratá-lo somente na esfera judicial.


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