Governo Lula exclui ações da Eletrobras do Programa Nacional de Desestatização

presidente Lula assinou decreto que exclui as ações da Eletrobras que estão sob controle do governo do Programa Nacional de Desestatização. A decisão foi publicada no edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial da União.


Em junho deste ano, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo havia recomendado a exclusão.


A decisão ocorre em uma semana conturbada para a empresa. Um apagão afetou 25 estados do país na última terça-feira (15) e, segundo o governo, uma subsidiária da Eletrobras é responsável pela linha de transmissão que apresentou falha.


A primeira-dama, Janja da Silva, usou suas redes sociais para associar a privatização da empresa ao apagão. “A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuite”, escreveu, também na terça-feira.


Houve também nesta semana uma troca no comando da empresa. Ivan Monteiro assumiu a posição — antes era ocupada por Wilson Ferreira (que comandou a companhia durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro).


A Eletrobras foi privatizada em julho de 2022, e o presidente Lula critica o modelo do empreendimento desde as eleições. Atualmente, o governo tem pouco mais de 40% das ações da companhia.


O decreto também revoga a qualificação das participações acionárias remanescentes no âmbito do PPI.


PGR favorável à contestação da privatização

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, na quarta-feira (16), favorável à ação proposta pelo governo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contestando um trecho da lei que desestatizou a Eletrobras.


O procurador-geral, Augusto Aras, no entanto, sugeriu que haja tentativa de conciliação entre União e demais acionistas, antes que o STF decida sobre o caso.


“Nessa perspectiva de busca pelo equilíbrio na composição dos interesses dos acionistas voltada ao desenvolvimento da Eletrobras enquanto agente econômico da maior relevância para o mercado e para o setor elétrico brasileiro, o ideal é que os próprios interessados (União e demais acionistas) cheguem a uma solução de consenso”, diz o texto.


 


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