Em requerimento protocolado na Suprema Corte na última sexta-feira (18), os deputados federais Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP), ambos integrantes da CPMI, justificam a retenção do documento para evitar “prejudicar os processos de investigação ou comprometer a integridade das evidências”. A solicitação foi encaminhada ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
No mesmo dia, o ministro recebeu notícia-crime com pedido semelhante do senador Rogério Carvalho (PT-SE). Além de mencionar o depoimento de Delgatti, o parlamentar aponta a existência de contas bancárias no exterior em nome do ex-presidente, além de um suposto esquema de desvio presentes presidenciais que deveriam compor o acervo da União.
A medida ainda conta com o apoio dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que encaminharam também à PF ofícios com a solicitação. Os parlamentares devem apresentar, ainda, um requerimento com pedido semelhante à CPMI.
Tebet se manifesta
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi uma das primeiras integrantes do governo defender a apreensão do documento.
“Não se enganem, busquem o mais rápido possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, disse na cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, nesta sexta-feira (18).
A CNN entrou em contato com a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e aguarda posicionamento.