Em depoimento, Silvinei se diz “constrangido” e afirma que está doente e depressivo

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques disse em audiência de custódia, após ser preso, que está “preocupado com a saúde por ter comorbidades” e se disse “constrangido”. A CNN teve acesso à íntegra do depoimento, que está sob sigilo.


A audiência foi feita por videoconferência de dentro da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília ao juiz federal Rodrigo Pessôa Pereira da Silva, que é magistrado auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


O documento mostra que Vasques respondeu todas as perguntas. “Quanto ao estado de saúde, afirmou que sua situação é grave, tem uma doença imunossupressiva, é celíaco, está com depressão, com cefaleia frequente e ansiedade. Faz uso de remédios controlados mas não tem receita. Está saindo de uma pneumonia.”


Vasques afirmou, ainda, ter preocupação com sua situação de saúde, por ter, segundo ele, “várias comorbidades”.


Em relação à prisão, disse estar constrangido. Afirmou que “passou por situação constrangedora” em razão de parte da operação da PF ter sido acompanhada pelo corregedor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Vinicius Behrmann Bento, que estava na viatura e chegou a entrar na avião.


Vasques também respondeu que é solteiro, não tem dependentes financeiros, é aposentado, atualmente atua como administrador e economista, com remuneração aproximadamente de R$ 18 mil mensais.


Na audiência, a defesa do policial requereu que ele fosse recambiado à Florianópolis e não ao presídio de Brasília, a Papuda. Esse pedido será analisado pelo STF.


Prisão

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques foi preso pela Polícia Federal na manhã de quarta-feira (9), em Florianópolis, em investigação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022. Ele comandava a corporação à época.


A prisão do ex-diretor-geral ocorreu no âmbito da Operação Constituição Cidadã, que ainda cumpriu 10 mandados de busca e apreensão contra a cúpula da PRF na gestão Silvinei, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.


A operação também contou com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou também a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.


Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


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