Lideranças do PT na Câmara dos Deputados demonstram resistência em apoiar a criação da chamada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventual esquema de venda ilegal de presidentes recebidos pela comitiva brasileira durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O assunto ainda deve ser discutido internamente com a bancada do partido na Casa. No entanto, à CNN, líderes da sigla disseram que este não é um momento para mais uma CPI na Câmara dos Deputados.
A Câmara já conta com quatro CPIs em andamento:
Lojas Americanas;
Manipulação de resultado em partidas de futebol;
Pirâmides financeiras;
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O Congresso Nacional ainda conta com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos criminosos de 8 de janeiro, quando houve a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), falou que está consultando a bancada, mas disse ser preciso “focar energia nas questões que tocam a vida das pessoas”. Segundo outra liderança da sigla, “poucos se empolgam com o assunto, então, provavelmente, não apoiaremos”.
Uma avaliação é que o suposto esquema ilegal já está sendo investigado pela Polícia Federal e demais autoridades competentes.
Um dos articuladores da CPI das joias é o deputado federal petista Rogério Correia (MG) ao lado de Túlio Gadelha (Rede-PE). Até a última atualização da assessoria de Correia, eles haviam reunido 112 das 171 assinaturas necessárias para tocar o pedido de criação do colegiado investigativo.