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Acreana passa mais de 2 dias em aeroportos para chegar no Acre

Nos últimos dias, a situação da malha aérea de voos que chegam e saem do Acre, que sempre foi crítica, está ainda mais caótica.


A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) tem buscado intermediar uma solução para o problema e já conseguiu, com apoio da bancada federal, uma audiência com o ministro dos Portos e Aeroportos.


A situação da produtora rural Keyti Espíndola é um exemplo de como os acreanos sofrem com a redução de voos. Após participar de um evento em Belém, capital do Pará, Keyti tenta, há mais de dois dias, chegar à capital acreana.


A malha viária acreana provoca uma logística “maluca”. Apesar de sair de uma capital na região Norte, o itinerário obriga que os passageiros façam uma conexão em Fortaleza. Keyti conta que foi na capital cearense que o tormento começou. “É um absurdo, horrível. Saímos de Belém e chegamos aqui em Fortaleza às 2 da tarde. Só conseguimos embarcar 2 da madrugada. Ou seja, passamos 12 horas aqui. A explicação que recebemos é que a Latam cancelou todos os voos”, conta.


Keity reclama ainda do que chama de desrespeito da companhia aérea. “Quando anunciaram o cancelamento do voo, passamos mais de quatro horas apenas para conseguir pegar as malas. Depois esperamos mais de duas horas para conseguir pegar um táxi que a companhia aérea disponibilizou para irmos ao hotel. Após tanto esperar, decidimos, muito cansados, pagar um Uber. Para completar, o almoço e o jantar que eles disponibilizaram para gente no hotel tinha como opções apenas castanha, chocolate e pizza pronta resfriada”, explica.


O tormento de Keity só terminará, se não acontecer nenhum novo cancelamento, na noite de hoje. “Para completar a situação desumana, vamos chegar em Brasília agora às 7 da manhã e só vamos sair para o Acre quase 10 da noite. Ou seja, teremos que passar mais de 12 horas em Brasília. E mais um detalhe, a companhia aérea está se negando a pagar o hotel e afirmou que vai disponibilizar a área VIP apenas”, diz, indignada.


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