Conselheiro benemérito e um dos investidores do Atlético, Rubens Menin exaltou nesta sexta-feira (30) o projeto da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo. O plano foi apresentado nesta sexta, em reunião do Conselho Deliberativo na sede do clube, no Bairro Lourdes, Região Sul de Belo Horizonte.
Segundo Menin, trata-se da “maior transação já feita no Brasil” em relação à SAF. A princípio, o plano apresentado pelo colegiado para formação da SAF prevê investimento imediato de R$ 915 milhões por parte de empresários atleticanos – a quantia seria utilizada para quitar dívidas onerosas.
“Final feliz. O Conselho gostou da reunião, acho que foi bacana. A ideia da SAF foi muito bem recebida, a forma como ela está sendo feita. Eu acho que o mais bacana é que estamos fazendo uma SAF em que o Atlético está segurando o que tem de mais importante, que é sua alma e seu coração”, afirmou, em entrevista coletiva.
“Não vamos entregar o Atlético para os outros. Os atleticanos estão participando. A SAF vai ser maravilhosa. A maior transação já feita no Brasil, de longe. É super bacana”, completou Menin.
As dívidas totais do clube (incluem a Arena MRV, estádio do Atlético), que estão entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões, ficariam sob a responsabilidade da SAF. A nova empresa, chamada Galo Holding, com dois fundos investidores, teria 75% das ações da Sociedade Anônima. O Atlético (associação) ficaria com 25%.
Patrimônios do Atlético, Vila Olímpica, Sede de Lourdes e Labareda não entrarão na SAF. Arena MRV e Cidade do Galo estarão no pacote. O valuation da SAF do Atlético foi estimado em R$ 2,1 bilhões.
Uma nova reunião será marcada para julho para aprofundar nos detalhes da SAF do Atlético.
A direção do Galo vê na SAF uma alternativa viável para sanar as dívidas. A ideia debatida é que empresários de Minas Gerais e que torçam para o Atlético componham um grupo para realizar a compra majoritária das ações da atual associação.
Nele, estariam também os investidores atuais, que formam o colegiado. São eles: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin, chamados de 4Rs do Atlético.
O empresário Marcelo Patrus, ligado ao ramo de transportes, também deseja ser um dos acionistas da SAF do Atlético. Há outros dois possíveis interessados em fazer parte do processo.
O primeiro deles é o grupo J. Mendes, com sede em Itaúna, na Região Metropolitana de BH. O segundo é o Grupo Super Nosso. O clube abriu conversas com o empresário estadunidense Peter Grieve, mas o negócio não avançou.
Próximos passos
Agora, o Conselho Deliberativo do Atlético precisa marcar uma assembleia para votar o projeto da SAF do Galo. O clube aderiu em setembro de 2022 à lei para transformação em SAF e, desde então, estuda formas de realizar a mudança.