Demorou, mas o coordenador da seleção brasileira na Copa de 2022, Juninho Paulista, confirmou o óbvio.
Uma situação complicada e que sempre trouxe consequências para o time brasileiro.
As regalias de Neymar.
Juninho Paulista escancarou, em entrevista, que Neymar via Messi e Cristiano Ronaldo com regalias e exigia o mesmo tratamento na seleção.
As regalias eram jogar como desejava, Tite que montasse a equipe para favorecer seu futebol, nada de cobranças por simulações, não comentar nenhum escândalo ou fracasso no PSG. Convocá-lo sempre, independentemente de como estivesse jogando.
E permitir que discutisse taticamente a equipe.
Que agisse como se fosse o grande líder do grupo, sem aceitar questionamentos dos companheiros.
Além de presença de familiares no hotel restrito à seleção, como foi em Sochi, na Rússia.
Com os seus amigos, os “parças” assistindo, fotografando os treinos fechados para a imprensa, revelando a escalação do time.
“O Neymar olha o Messi na seleção argentina com regalias.
“Ele olha o Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa com algumas regalias.
“E aí ele vem para a seleção brasileira e é humanamente normal, porque está no nível desses jogadores, que tente algum tipo de regalia.
“Por ser tecnicamente o melhor jogador do Brasil.”
Juninho Paulista foi coordenador da seleção por quatro anos. Viveu os fracassos de Neymar na Champions League. As contusões. Os escândalos sexuais. O vexame na Copa América, perdida em pleno Maracanã.
Juninho evitava entrevistas mais profundas.
E era superficial quando o tema era Neymar.
Sempre foi assim.
Mas a revelação que o jogador exigia no Brasil o mesmo tratamento que Messi e Cristiano Ronaldo recebiam é grave.
E mostra o que o blog já publicou em todas as Copas que Neymar disputou.
A do Brasil, a da Rússia e a do Catar.
Tratamento absolutamente diferenciado.
Privilégio que Juninho Paulista confirmou ao GE, exigido pelo camisa 10 do Brasil.
Situação que atrapalha o ambiente.
O blog teve contato com alguns empresários de jogadores que atuaram pela seleção e ficavam incomodados com os privilégios dados a Neymar.
Mas não iriam se indispor com o principal atleta da seleção.
Jogadores da elite são muito vaidosos.
Até mesmo o tom de voz, a cobrança de Tite eram diferentes com Neymar.
O tempo passou; Juninho, que conseguiu que o Brasil atuasse apenas contra um time europeu, a República Tcheca, em quatro anos de preparação para a Copa do Catar, traz a público o que os jornalistas viam.
E poucos escreviam.
As regalias de Neymar.
Que Carlo Ancelotti, Fernando Diniz e Ednaldo Rodrigues leiam essas declarações.
E pensem o que significa para os jogadores brasileiros as regalias de Neymar.
Elas já foram de Ronaldo Fenômeno, gordo, na Copa de 2006.
De Kaká, titular, com lesões no joelho e no quadril no Mundial de 2010.
De Neymar nas últimas três Copas.
São cinco Mundiais fracassados.
Privilégios e regalias para um jogador ajudaram a sabotar o Brasil.
E explicam o jejum de 22 anos sem Mundial…
Fonte: R7