Líderes europeus se manifestaram, neste sábado (8), contrários ao envio de bombas de fragmentação à Ucrânia. Os EUA anunciaram, na sexta-feira (7), o envio desse tipo de munição de guerra.
As bombas de fragmentação são proibidas por mais de 100 países. Elas normalmente explodem liberando um grande número de pequenas bombas, que podem provocar indiscriminadamente mortes em uma ampla área.
A ministra da Defesa da Espanha, Margarita Robles, disse que as bombas de fragmentação não devem ser enviadas à Ucrânia.
“A Espanha, com base no firme compromisso que tem na Ucrânia, também tem um firme compromisso de que certas armas e bombas não podem ser entregues sob nenhuma circunstância”, declarou a repórteres durante comício em Madri – o país passará por eleições gerais no próximo dia 23.
“Não às bombas de fragmentação e sim à defesa legítima da Ucrânia, que entendemos que não deve ser realizada com bombas de fragmentação”, acrescentou.
Robles disse que a decisão de enviar bombas de fragmentação foi tomada pelo governo dos Estados Unidos, não pela Otan, da qual a Espanha é membro. Há amplo apoio entre os partidos espanhóis para apoiar a Ucrânia e fornecer ajuda militar para a guerra.
Quem acompanhou a manifestação espanhola foi o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. Neste sábado, ele ressaltou que o Reino Unido é signatário da convenção contrária às bombas de fragmentação e desencoraja seu uso.
“Continuaremos a fazer nossa parte para apoiar a Ucrânia contra a invasão ilegal e não provocada da Rússia”, declarou a repórteres.
“Fizemos isso fornecendo tanques de guerra pesados, e, mais recentemente, armas de longo alcance. Espero que todos os países possam continuar a apoiar a Ucrânia. O ato de barbárie da Rússia está causando um sofrimento incalculável a milhões de pessoas. É certo que enfrentemos isso coletivamente e irei para a cúpula da Otan na próxima semana em Vilnius, onde discutiremos exatamente isso com nossos aliados, como podemos fortalecer nosso apoio à Ucrânia”, completou.
Rússia, Ucrânia e Estados Unidos não assinaram a Convenção sobre Munições Cluster, que proíbe a produção, armazenamento, uso e transferência de bombas de fragmentação.