Nova pesquisa Quaest realizada com 94 fundos de investimentos em SP e Rio, por meio de entrevistas online, mostra que o mercado financeiro mudou sua percepção em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad nos últimos dois meses. A avaliação positiva do ministro saltou de 26% para 65%, impactando na imagem geral do governo, cuja avaliação negativa caiu de 86% para 44%. Há um otimismo maior em relação à direção da economia (53%) e à melhora dos índices gerais nos próximos 12 meses. Apesar disso, os agentes financeiros estão do lado de Roberto Campos Neto na briga com Lula. Enquanto o presidente do Banco Central é considerado o líder político mais confiável do país (72% muito + 22% mais ou menos = 94%), o petista é o menos confiável (1% muito + 9% mais ou menos = 10%).
Nesse ranking, Campos Neto é seguido por Tarcísio de Freitas (55% muito + 35% mais ou menos = 90%) e Romeu Zema (50% muito + 35% mais ou menos = 85%), formando um trio isolado. Haddad aparece granjeando a confiança total de apenas 13% dos operadores de mercado, mas com potencial (47% confiam mais ou menos), seguido de Arthur Lira (9% muito + 39% mais ou menos), Geraldo Alckmin (5% muito + 19% mais ou menos), Simone Tebet (4% muito + 27% mais ou menos), Rodrigo Pacheco (2% muito + 21% mais ou menos), Jair Bolsonaro (1% muito + 17% mais ou menos) e Jean Paul Prates (0% muito + 9% mais ou menos). Como se vê, o presidente da Petrobras é ainda visto com desconfiança geral, pois 97% avaliam que a política de preços da Petrobras está sendo influenciada por razões políticas, sendo considerada negativa por 63%.
Em relação à condução da política monetária, 87% consideraram como correta a decisão do BC de manter a Selic e todos são unânimes (100%) na expectativa de que a taxa básica de juros vá cair ainda este ano, provavelmente ainda em agosto (92%). A percepção positiva sobre a gestão de Campos Neto chega a 86% e 71% se mostram muito preocupados com a futura indicação de Lula para o comando do órgão a partir de 2025. Quase a totalidade dos entrevistados (94%) avaliou como certa a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional e 81% concorda com a adoção do novo sistema de meta contínua, mas 45% ainda critica a política fiscal. A pesquisa Quaest também sondou a avaliação do mercado sobre a reforma tributária, que deve impactar positivamente (66%) o bem-estar das pessoas, com redução da guerra fiscal entre estados (77%), melhora dos resultados na indústria (71%) e influência na redução dos juros (54%). Por outro lado, 55% acreditam que o texto aprovado na Câmara terá impacto negativo no setor de comércio e serviços.
Em resumo, Lula ajudaria seu governo e o país se parasse de atacar Campos Neto e deixasse Haddad trabalhar com o Congresso no avanço das pautas econômicas.
Fonte: Jovem Pan News