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Em nota, PT chama Campos Neto de “lacaio” e “capacho” do sistema financeiro

Em um texto no site oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi chamado de “lacaio do sistema financeiro” e “capacho do capital”.


A nota, publicada na sexta-feira (21), comenta uma declaração de Campos Neto durante uma entrevista à BlackRock, uma empresa americana, na qual ele fala sobre a possibilidade de terceirizar a gestão de ativos brasileiros da instituição.


O texto no site do PT diz: “Não satisfeito em golpear a economia popular sucessivas vezes com as extorsivas taxas de juros praticadas pelo Banco Central (13,75%), o bolsonarista Roberto Campos Neto comete agora um dos mais graves atentados contra o povo brasileiro já vistos na história recente do país. Reafirmando o papel de lacaio do sistema financeiro, Neto revelou o mais novo plano para destruir a soberania nacional”.


Campos Neto ainda é chamado de “capacho do capital financeiro, envolvido até o pescoço em um ataque contra o Brasil tão grave quanto a tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro”.


CNN entrou em contato com o presidente do BC para comentar a manifestação no site do PT e aguarda retorno.


Investigação no TCU

A fala do presidente do Banco Central levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a abrir uma investigação contra ele para apurar se há irregularidades no plano.


De acordo com relatos de integrantes do TCU, há avaliação de que o chefe da autoridade monetária foi “imprudente” ao citar o plano de repassar a terceiros a gestão de ativos. Ele não especificou como o processo se daria nem quais ativos seriam repassados.


Banco Central faz, por exemplo, a gestão das reservas internacionais do Brasil, que é uma espécie de “poupança” do país.


Além da abertura de investigação, o subprocurador Lucas Rocha Furtado solicitou que o TCU determine, de forma cautelar, que Campos Neto fique impedido de prosseguir com qualquer tratativa para tirar do BC a gestão de ativos, como as reservas internacionais.


Segundo o subprocurador, é “inadmissível” que uma ação como essa avance.


“Com reservas internacionais bem administradas, o risco de o país não conseguir honrar seus compromissos financeiros em moeda estrangeira é reduzido, o que afeta a imagem do país aos olhos dos investidores estrangeiros, bem como a possibilidade de o país financiar a dívida pública com emissão de títulos”, diz um trecho da representação enviada ao TCU.


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