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PM é investigado por agredir policiais com ripa de madeira durante curso tático

A Secretaria da Segurança do Ceará abriu uma investigação para apurar a agressão a policiais femininas durante um curso tático da Polícia Militar. Segundo a vítima, o agente usou uma ripa de madeira para agredir agentes nas nádegas. (Veja a imagem acima)


O curso de quatro semanas foi promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará para treinamento de mulheres militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. A proposta do curso era de treinamento em defesa pessoal, de técnicas operacionais policiais, de salvamento, entre outros procedimentos. As aulas foram ministradas por PMs do Tocantins.


Curso tático para mulheres realizado no Ceará teve militares também de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí — Foto: Governo do Estado do Ceará/Divulgação

A vítima, que é do Maranhão, conta que no oitavo dia de aula, um dos PMs instrutores — o nome dele não foi divulgado — alegou que um pedaço de sua pizza havia sumido e, por isso, puniu as mulheres as agredindo com uma ripa de madeira.


“Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, relatou.


A agressão aconteceu em maio, mas só veio a público agora. A policial publicou as imagens das nádegas com hematomas e questionou a ação do agente. Após a agressão, ela desistiu do curso.


Inquérito policial

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que tomou conhecimento da denúncia de agressão durante o curso e diz que abriu uma investigação para apurar o caso.


“A Secretaria da Segurança ressalta que um inquérito policial para apurar o fato foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foram realizadas oitivas e a vítima recebeu todo acolhimento, além de ser encaminhada para a realização de exame de corpo de delito”, diz a pasta.


A Controladoria Geral de Disciplina, que investiga denúncias contra agentes de segurança no Ceará, também abriu procedimento disciplinar para investigar o caso no âmbito administrativo.


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