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Pesquisa com pacientes terminais revela detalhes da experiência de “quase morte”

Cientistas viram um aumento na atividade cerebral em pacientes terminais e o fato foi relatado em uma pesquisa lançada recentemente. Segundo o “Business Insider”, esta é uma das poucas vezes em que os pesquisadores tiveram a oportunidade de medir a atividade cerebral em humanos imediatamente antes e depois da “morte”.


De acordo com os especialistas, isso pode ajudar a explicar o fenômeno bizarro que tantas pessoas relatam durante uma experiência de “quase morte”, como deixar o corpo, flutuar acima dele ou ver memórias de suas vidas passarem diante de seus olhos.


Experiências de quase morte “desafiam nossa compreensão fundamental do cérebro moribundo”, relataram os cientistas no estudo da “PNAS” (“Proceedings of the National Academy of Sciences”, revista científica multidisciplinar dos EUA), publicado no mês passado. Pesquisas como essa são críticas para construir uma imagem mais clara da experiência humana próxima à morte.


Como os cientistas mediram a atividade do cérebro humano próximo à morte

Os quatro pacientes do estudo estavam em coma e foram removidos dos aparelhos de suporte de vida, com a permissão de suas famílias. Nesse ponto, sensores de eletroencefalograma mediam a atividade cerebral dos mesmos quando eles entravam em parada cardíaca.


Os pesquisadores descobriram que dois em cada quatro pacientes terminais experimentaram um aumento de ondas gama – a atividade cerebral associada a sonhos lúcidos e alucinações – mesmo depois que seus corações pararam, de acordo com a “Smithsonian Magazine”.


Os cientistas há muito acreditam que o cérebro morre com o resto do corpo, mas a pesquisa mais recente sugere que as pessoas podem reter um certo nível de consciência que leva a experiências fora do corpo semelhantes a sonhos quando morrem, conforme relatou a “Vice” em maio.


“A descoberta das atividades gama marcadas e organizadas no cérebro moribundo sugere que [uma experiência de quase morte] é o produto do cérebro terminal, que é ativado na morte”, disse o principal autor do estudo, Jimo Borjigin, ao veículo.


“No que me diz respeito, nosso estudo pode ser a melhor opção possível para encontrar assinaturas neurais de consciência de quase morte”, continuou ele, acrescentando que “a única coisa melhor do que isso é fazer com que os pacientes sobrevivam para contar a história que se correlaciona com as assinaturas neurais detectadas.”


Borjigin observou esse mesmo tipo de aumento na atividade cerebral em estudos anteriores feitos com ratos moribundos, mas conta que historicamente tem sido muito difícil realizá-los em humanos. Com esse intuito, o especialista pretende coletar no futuro mais dados sobre cérebros de pessoas morrendo para entender melhor a experiência da morte humana.


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