O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, prestou depoimento nesta quinta-feira (1º) à Controladoria-Geral da União (CGU). Ele falou sobre o caso das joias sauditas.
Cid respondeu às perguntas na condição de testemunha e não de investigado. Disse o mesmo qu já havia falado em depoimento à Polícia Federal.
Segundo Cid, Bolsonaro informou a ele em meados de dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens.
De acordo com Cid, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.
O ex-ajudante de ordens, relatou que, em seguida, entrou em contato com Júlio César Vieira Gomes, então secretário especial da Receita.
Gomes confirmou que havia um pacote retido e que já havia um pedido de liberação dos itens datado de novembro de 2021, em nome do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Cid afirmou que Júlio César o orientou sobre como deveria ser feito o documento para solicitar à Receita a retirada do presente.
A maior parte das tratativas aconteceu por meio do WhatsApp, de acordo com o ex-ajudante de ordens.
Segundo Cid, esta ocasião foi a primeira vez que a ajudância de ordens acionou a Receita Federal para pedir a incorporação de bens ao ex-presidente.