Com a indicação do advogado Cristiano Zanin para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), começa a disputa pela segunda vaga na Corte, que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber – a ministra completa 75 anos em outubro, idade máxima para permanecer no cargo.
Estão no páreo os ministros Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU) e Benedito Gonçalves e Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e também do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A avaliação no Judiciário é que, ao indicar Zanin, Lula fez uma escolha pessoal para 1ª vaga. Para a 2ª, deverá considerar acenos políticos.
No caso de Bruno Dantas, a escolha tem apoio de um combo de políticos, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-presidente José Sarney, e do ministro do STF, Gilmar Mendes.
Também conta a favor de Dantas fato de ser baiano. O estado não tem um representante na Corte desde a aposentadoria de Ilmar Galvão, em 2003, e atualmente, o Nordeste só tem um assento entre os 11 (Kássio Nunes Marques, do Piauí).
Luís Felipe Salomão, por sua vez, é apoiado pelo ministro Alexandre de Moraes e tem excelente trânsito no Judiciário e no Congresso, assim como Benedito Gonçalves.
A favor de Pacheco, conta o fato de que uma indicação dele significaria um aceno de Lula ao Congresso.