As filhas do apresentador Gugu Liberato participam, nesta quarta-feira (21), de uma nova audiência envolvendo o processo de herança e que analisa a união estável entre Rose Miriam e o apresentador.
De acordo com a defesa das filhas de Gugu, a audiência acontece a partir das 9h desta quarta, no Fórum João Mendes, em São Paulo. Outra audiência também está prevista para quinta-feira (22)
Em decisão na terça-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) validou o testamento deixado por Gugu e não reconheceu a união estável entre o apresentador e a mãe de seus filhos, Rose Miriam di Matteo. Mesmo assim, o processo movido por ela segue.
Os primeiros depoimentos aconteceram em maio, com a oitiva das gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos, e de outras testemunhas envolvidas no processo. As duas se posicionaram favoráveis à mãe.
Em raro posicionamento nas redes sociais no final do mês passado, após as primeiras oitivas, o filho mais velho de Gugu Liberato, João Augusto Liberato, de 21 anos, falou sobre a ação que a mãe, Rose Miriam di Matteo, move para que tenha a união estável com o apresentador reconhecida pela Justiça.
“Eu sou uma pessoa reservada e discreta como meu pai era. Eu realmente não queria me manifestar publicamente sobre este caso, mas todos os vazamentos sobre a audiência de ontem, e tudo que falaram ao meu respeito, me obrigaram a escrever esta mensagem”, escreveu no Instagram.
O motivo para a postagem foi a informação, confirmada pelo advogado de Rose Miriam, Nelson Wilians, de que o rapaz não quis se pronunciar durante a audiência, no dia 22 de maio. “Eu fiz questão de estar presente e não é verdade que preferi ficar calado durante a audiência. Não me manifestei porque não era o momento de me ouvirem. Fiquei muito surpreso quando falaram que decidi ficar calado. Porque, pelo contrário, tenho muito para falar e até tive que me segurar para não falar quando não era o momento. Foi muito triste ver e ouvir tantas coisas que não eram verdadeiras, mas eu respeitei as regras da audiência”, explicou o jovem.
Por outro lado, o advogado de Rose Miriam informou que as irmãs de João Augusto, Marina e Sofia, foram favoráveis à mãe no momento em que foram questionadas.
De acordo com o advogado de Rose Miriam, há elementos que comprovam que ela e Gugu mantinham uma relação pública.
“As gêmeas Marina e Sofia sempre estiveram ao lado da mãe na busca dela pelo reconhecimento de união estável na Justiça. Todos os elementos comprovam que Rose e Gugu mantinham uma relação pública, notória, duradoura, contínua e com objetivo de constituir família. Reafirmamos acreditar que, a cada dia, estamos mais próximos de vermos a justiça ser feita”, afirmou o advogado, em nota.
Entenda o caso
O apresentador Gugu Liberato morreu aos 60 anos, em novembro de 2019, vítima de um acidente dentro de casa, nos Estados Unidos. Ele sofreu uma queda e bateu com a cabeça.
No testamento, Gugu deixou 75% do patrimônio, estimado em R$ 1 bi para os três filhos e os 25% restantes para os cinco sobrinhos. A irmã do apresentador, Aparecida Liberato, foi definida como inventariante em caso de morte do apresentador.
Desde a morte do apresentador, Rose entrou na justiça com um processo para reconhecimento da união estável com Gugu. A família Liberato afirma que ele deixou uma mansão e um valor em dinheiro para a mãe dos três herdeiros. Ela nega ter recebido.
Se a Justiça reconhecer a união estável, Rose Miriam passa a ter direito a metade da herança de Gugu. Os outros 50% seriam divididos entre os três filhos do casal.
Relacionamento homoafetivo
Rose Miriam não foi a única a tentar provar a união estável com o apresentador. O chef de cozinha Thiago Salvático, de 33 anos, também pediu na Justiça o reconhecimento de relacionamento homoafetivo que afirma ter tido com Gugu Liberato por nove anos.
“Entendo que é difícil entender nossa relação, pois se trata de uma das maiores estrelas da televisão, e que mantinha tudo da vida privada onde deveria ser mantido: com as pessoas que lhe interessava”, afirmou.
Segundo o chef, foram apresentadas provas suficientes para que fosse possível reconhecer a relação entre os dois. “Centenas de mensagens, fotos, provas de nossas viagens juntos, provas da nossa conta investimento conjunta, provas de que eu tinha as senhas, de cartões a Instagram”, detalhou.
Mesmo assim, em janeiro deste ano, o pedido de reconhecimento foi negado pela Justiça.
À CNN, o suposto parceiro disse que vai recorrer da decisão, que, segundo ele, foi tomada pelo juiz “sem mesmo ouvir a família e sequer deixar o processo (que também está sob sigilo) seguir”.