Em uma sessão entre o feriado e o fim de semana, o dólar à vista voltou a recuar ante o real nesta sexta-feira (9) e atingiu o menor valor em um ano, após dados negativos da China elevarem a perspectiva de que o governo chinês poderá dar suporte à sua economia — o que é positivo para divisas de países como o Brasil.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8761 na venda, com baixa de 0,98%. Esta é a menor cotação de fechamento desde 7 de junho de 2022, quando encerrou a R$ 4,8741.
Na B3, às 17h08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,12%, a R$ 4,8970.
Na noite de quinta-feira (8), a Agência Nacional de Estatísticas da China informou que o índice de preços ao produtor de maio caiu pelo oitavo mês consecutivo, a uma taxa de 4,6%. Esse foi o declínio mais rápido desde fevereiro de 2016 e maior do que a expectativa de queda de 4,3% em pesquisa da Reuters.
Enquanto a inflação tem demonstrado fraqueza na China, ela tem apertado a demanda por produtos nos EUA e na Europa. Assim, alguns analistas avaliam que o banco central chinês poderá cortar juros em sua reunião da próxima semana, para dar suporte à economia.
Com isso, os preços de algumas commodities, como o minério de ferro, encontraram suporte nesta sexta-feira, assim como diversas moedas de países exportadores de matérias-primas, como o real.