Um amigo de infância e hoje assessor pessoal de Vinicius Junior afirma ter sido vítima de racismo na tarde desse sábado no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha, onde a seleção brasileira enfrenta Guiné, em amistoso.
Felipe Silveira, negro, de 27 anos, diz que ao passar pela catraca da entrada, foi abordado por um segurança que o revistou, em procedimento padrão. Porém, neste momento, o funcionário do estádio teria tirado uma banana do bolso e falado:
– Mãos para cima, essa daqui é minha pistola para você.
Imediatamente, Felipe e outros três membros da equipe de Vini Jr que estavam com ele se revoltaram e chamaram a polícia.
A partir disso, foi iniciada uma confusão, testemunhada pelo ge. A reportagem pôde ver a banana no bolso do segurança.
Uma outra funcionária da segurança tentou tirar o homem do local, mas os membros da equipe de Vini Jr não deixaram ele sair. O segurança nega ter feito qualquer ofensa racista. O nome dele ainda não foi informado.
O caso segue em apuração. Há câmeras de segurança no local, e o estafe de Vini Jr pede que as imagens gravadas sejam analisadas.
O estafe de Vini Jr diz que irá procurar as autoridades policiais de Barcelona para formalizar uma denúncia após o jogo.
O amistoso entre Brasil e Guiné é marcado por uma série de ações antirracistas da CBF. Uma delas é o uso de uniforme preto pela Seleção no primeiro tempo. Além disso, os jogadores se ajoelharam, e o estádio fez um minuto de silêncio antes da partida.