O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou na quarta-feira (31) a votação da Medida Provisória (MP) que reestrutura a organização ministerial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lira, acompanhado do relator da MP Isnaldo Bulhões (MDB-AL), afirmou que os líderes independentes que não fazem parte da base de Lula “reconheceram a necessidade de dar mais uma oportunidade ao governo”.
O presidente da Câmara reforçou a falta de base de apoio do governo Lula e que não haverá “mais nenhum tipo de sacrifício”.
“É importante que se diga e deixe claro que, daqui para frente, o governo, claro, vai ter que andar com as suas pernas”, disse Lira.
O Senado tem até esta quinta-feira (1º) para analisar a MP dos ministérios para que a matéria não perca o efeito. A estrutura ministerial do Poder Executivo pode voltar a ser como era no governo de Jair Bolsonaro (PL) — iria dos atuais 37 ministérios para os 23 anteriores.
Uma medida provisória tem força de lei assim que publicada no Diário Oficial da União (DOU), mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional como um todo em até 120 dias para não perder a validade.
Lula deve solidificar sua base de apoio para passar, também, outras matérias pertinentes como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que pode sair do comando do Meio Ambiente, além da reforma tributária.
Lira pontuou que a votação no Senado é uma “oportunidade” para o governo.
“A oportunidade que todos enxergavam era de demonstrar ao governo que ele precisa acordar para que participe mais da vida ativa do país com o parlamento cada um com sua independência, cada um pensando de maneira harmônica, mas trabalhando para que as coisas andem com tranquilidade. Não temos isso ainda”, afirmou Lira.