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Xland desaparece de SP e Justiça tem dificuldades para achar sócios do Acre

A Justiça de São Paulo vem tendo dificuldades para encontrar os sócios da Xland para responderem nos processos dos jogadores Mayke e Scarpa, que juntos alegam terem sofrido prejuízos que chegam a R$ 13 milhões.


Tanto que, na terça-feira (9), o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível, apontou que as partes devem ser citadas com urgência, para que o cumprimento do ato processual possa seguir normalmente, no caso de Scarpa.


Ele decidiu que os sócios da Xland devem responder aos termos da ação e oferecer manifestação em até 15 dias. Também pediu respeito e destacou que o processo está tumultuado e que não vai admitir prejuízo às partes e à jurisdição.


Em resposta, os advogados de Scarpa se manifestaram nesta quarta (10) dizendo que tomaram conhecimento que a Xland não possui mais endereço válido em São Paulo, assim como seus sócios. Então, enviou uma lista de locais onde os mesmos possam estar no Acre.


O mesmo foi feito pelos representantes de Mayke na semana passada. Eles solicitaram que a Justiça envie cartas precatórias a endereços no Acre, de modo a localizar os donos da Xland. O pedido foi acatado pelo juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível.


Scarpa ainda pediu um novo bloqueio nos bens de Willian Bigode e seus sócios na empresa WLJC, envolvida no processo por ter indicado a Xland. Ele já havia conseguido apreender R$ 1,8 milhão das contas do ex-companheiro de Palmeiras.


Há algumas semanas, o meia enviou 250 páginas de conversas para mostrar o envolvimento das partes no imbróglio. Scarpa anexou áudios e conversas de WhatsApp com Bigode e seus sócios. O objetivo é mostrar a relação de consumo e a intermediação feita no negócio.


A coluna procurou a Xland para comentar as informações, mas não teve resposta até a publicação. A reportagem será atualizada caso queiram se manifestar. Já a defesa do jogador enviou um posicionamento.


“É absolutamente descabida a medida intentada, não só por já existir arresto que recaiu sobre patrimônio da empresa que firmou contrato com o autor (Xland), como também pelo que já foi decidido pelo próprio Juízo em decisão pretérita proferida nos autos. Essa é uma discussão que já nasce abortada”, afirma Bruno Santana, advogado que lidera a defesa cível de Willian Bigode.


Entenda o caso da Xland com os jogadores


A Xland virou pivô do noticiário esportivo e policial nos últimos dias, por ter feito Scarpa e Mayke irem à Justiça não só contra a empresa, mas também contra o ex-companheiro de Palmeiras Willian Bigode.


Os jogadores dizem que receberam a indicação da Xland por meio da empresa WLJC Consultoria, que tem Willian Bigode como sócio. Mayke diz que investiu R$ 4,5 milhões, e deveria ter um retorno de R$ 3,2 milhões. Scarpa, por sua vez, colocou R$ 6,3 milhões na Xland.


Nenhum dos dois, contudo, conseguiu receber as quantias de volta quando tentaram reaver os investimentos. Eles dizem que tinham uma relação de amizade com Willian. Por isso, depositaram suas confianças no jogador, que posteriormente os indicou à Xland para realizarem os investimentos.


No caso de Mayke, ele era, inclusive, cliente da WLJC. Em nota enviada à reportagem, Willian Bigode e a empresa WLJC se disseram vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até hoje não foram devolvidos.


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