A Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu nesta segunda-feira (15) a suspensão preventiva por 30 dias de oito jogadores envolvidos no esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro. A informação foi antecipada pelo ge.globo e confirmada pela Itatiaia, com uma fonte do colegiado.
Agora, a solicitação precisa ser apreciada pelo presidente do STJD, Otávio Noronha. A expectativa, segundo a fonte ligada ao tribunal, é de que seja o pedido seja acatado “o quanto antes”. Ainda não há um dispositivo legal que impeça os atletas citados de atuarem profissionalmente.
O pedido partiu depois da segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Dos oito nomes da procuradoria do STJD, seis foram denunciados pelo MP-GO, enquanto os outros dois (Kevin Lomónaco e Moraes) confessaram e se tornaram testemunhas do caso.
Jogadores que tiveram pedido de suspensão pelo STJD
Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos
Moraes, lateral-esquerdo do Aparecidense e ex-Juventude
Gabriel Tota, meia do Ypiranga e ex-Juventude
Paulo Miranda, zagueiro do Náutico e ex-Juventude
Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport e ex-Cuiabá
Matheus Phillipe, goleiro do Ipatinga, ex-Sergipe
Fernando Neto, meio-campista do São Bernardo, ex-Operário
Kevin Lomónaco, zagueiro do RB Bragantino
Os oito foram denunciados pela procuradoria do STJD nos artigos 243 e 243 A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Elas tratam, respectivamente: “Atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”; e “atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.
Operação Penalidade Máxima
De acordo com o MP-GO, os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos com cartões amarelos ou vermelhos ao longo de jogos pelas Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e alguns Estaduais de 2023.
O apostador Bruno Lopez de Moura é apontado como chefe da quadrilha. Ele está preso. Até aqui, o MP-GO ofereceu denúncia contra diversos jogadores no âmbito da Operação Penalidade Máxima, que já teve duas fases. São eles:
Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense), Romário (Vila Nova), Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota, Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport) e Fernando Neto (São Bernardo).
Outros atletas fizeram um acordo com o MP e se transformaram em testemunhas do caso. Além disso, outros cinco jogadores já foram afastados preventivamente de seus clubes por terem nomes citados em conversas. São eles:
Pedrinho e Bryan Garcia (Athletico, dispensados), Richard (Cruzeiro), Vitor Mendes (Fluminense) e Nino Paraíba (América, dispensado).