Luto: morre Raimundo, o “rei” do futebol amador da década de 80

Vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC), faleceu na tarde desta segunda-feira (15), na UTI do Pronto Socorro de Rio Branco, aos 67 anos, o desportista Raimundo Ferreira de Almeida, chamado, carinhosamente, no meio esportivo de Raimundo Flecha.


Entre os ex-jogadores que chegaram ao futebol profissional pelas suas mãos podemos citar o lateral/meia Marquinhos Paquito. “Eu tinha 14 anos quando cheguei ao Rio Branco FC pela indicação do Ferreira. Sempre tive muito respeito e admiração pela sua pessoa, pois não somente eu, mais dezenas de jogadores tiveram sua ajuda na vida de atleta”, disse Paquito, lembrando que, o próprio Raimundo Ferreira, montou, em 2001, a equipe do Vasco da Gama recheada de jogadores do futebol amador e conquistou o título profissional.


Vasco da Gama – 2001. Em pé, da esquerda para a direita: Serginho, Tucho, J. Maria, Feijão, Evilásio, Ciro, Léo, Josué, Gato, Ferreira e Faísca. Sentados: Marcelo Altino (técnico), Raimundinho (presidente), Raimundo Ferreira (diretor de futebol), Dário, Mamude, Siqueira, Paulinho, Cleiton, Marquinho Calafate e Adelcio (massagista). Fila da frente: Selcimar Maciel (preparador físico), Marquinho Paquito, Gean, Celso, Léo (mascote) e Lobinho (mordomo). Foto/Manoel Façanha.

Fundador do Vila Nova


Apaixonado por futebol e sempre muito ativo, Raimundo Ferreira fundou o Vila Nova, em 1976. O clube ficou por quase duas décadas em evidência e conquistou títulos importantes no futebol amador da cidade de Rio Branco, como o Campeonato Autônomo, organizado pela Federação de Futebol do Acre, e o Campeonato de Férias, competição realizada pela Liga Rio-branquense de Futebol.


Ferreira, que foi atacante veloz no futebol amador, também teve participação ativa no futebol profissional, onde trabalhou em clubes de ponta como Rio Branco, Independência, Atlético Acreano, Adesg e Vasco da Gama. Ora como dirigente/diretor de futebol e ora, até mesmo, como treinador em alguns desses clubes.


Vila Nova – 1989. Em pé, da esquerda para a direita: Valdir, Manoelzinho, Jersey James, Antonio Morais, Roberto e Zé Elias. Agachados: Adílio, Clovis, Valnei, Gerson e Roberto Carlos. Foto/Acervo Pessoal de Antonio Morais.

Raimundo Ferreira, então diretor de futebol do Independência, fala com os jogadores antes do treino, em 2004. Foto/Manoel Façanha.

O capitão tricolor Josué e demais jogadores do Independência comemoram o título do Torneio Início de 2004. Foto/Manoel Façanha.

Empresário


Comerciante de ofício, Raimundo Ferreira na década de 1980 tinha comercio, localizado na Isaura Parente, como o nome de fantasia de “Ganha Pouco”. Na busca de expandir os negócios ele comprou o “Nosso Clube”, casa de festa tradicional do final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, mas alguns anos depois, vendeu o espaço, onde hoje funciona o Arasuper da Isaura Parente, para os amigos empresários Aldenor e Adem Araújo, proprietários do Arasuper.


Entre um dos fatos curiosos da vida do desportista Raimundo Ferreira, segundo o jornalista Antônio Muniz, está o fato do cantor Zezé de Camargo, antes de fazer sucesso com a música “É o Amor”, cantar no seu aniversário, numa festa ocorrida no Vila Nova, em 1990.


Raimundo Ferreira era comerciante de ofício (tinha uma padaria na Baixada) e deixa a esposa, duas filhas (Cristiane e Cliciane) e netos.


Velório


O corpo de Raimundo Ferreira será velado a partir das 23h desta segunda-feira (15), no Buffet Casa Blanca, localizado na Av. Antônio da rocha, 4222 (em frente ao mercado Deus Seja Louvado).


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