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Ex-diretora de Inteligência apagou mapa das eleições do celular, mas PF recuperou

A ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça Marília Alencar apagou do celular uma mensagem com o mapa de votação do primeiro turno das eleições do ano passado.


O documento, enviado ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, mostrava cidades onde Lula (PT) teve mais votos que Bolsonaro (PL), no primeiro turno das eleições.


Fontes da Polícia Federal (PF) ouvidas pela CNN confirmaram que o conteúdo foi recuperado pela nuvem do celular.


O arquivo é um dos focos da investigação que corre na PF, bem como a viagem de Anderson Torres, já em posse do mapa eleitoral, à Bahia.


A ida ao Nordeste ocorreu cinco dias antes do segundo turno das eleições presidenciais.


Segundo relatos, a mensagem continha os locais de votação que registraram vantagem para Lula, em especial nas cidades da Bahia, estado com 11,5 milhões de eleitores.


Conforme revelado com exclusividade pela CNN nesta semana, Torres viajou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se reunir com o chefe da PF no estado baiano e pediu, segundo apurado, apoio nos bloqueios que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) faria em estradas. A PF, no entanto, não participou da operação.


A ex-diretora de inteligência afirmou em depoimento à PF, há duas semanas, que fez o mapa de votação a pedido de Torres, enquanto ministro da Justiça.


O ex-secretário de Operações Integradas do MJ Alfredo Carrijo também prestou depoimento no caso e afirmou que o mapa foi construído com base em um levantamento de cidades com votação expressiva.


“O declarante tomou ciência que a DINT produziu um BI com informações referentes a localidades nas quais cada um dos candidatos a presidente da República no segundo turno das eleições de 2022 teve mais mais de 75% dos votos no primeiro turno”, diz um trecho da oitiva.


Depoimento

Nesta segunda-feira (8), Torres prestou depoimento na sede da PF na condição de declarante e disse que a ideia da viagem à Bahia partiu do diretor-geral da PF, que convidou o então ministro para visitar uma obra da Superintendência da PF no estado.


Segundo a defesa dele, “não houve ‘determinação’ para atuação conjunta entre PF e PRF.


“A Marília apresentou o mapa ao Anderson, que não o compartilhou com a PRF, nem, tampouco, com o superintendente da BA. Anderson jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF/PRF (blitzes, abordagens, etc). A única preocupação de Anderson era o combate aos crimes eleitorais, independentemente de candidato ou partido”, explicou Eumar Novacki, advogado do ex-ministro.


Procurada pela CNN, a ex-diretora Marília pediu que a reportagem procurasse o advogado dela, que não respondeu.


No depoimento à PF, ela disse que não sabia como seria usado o mapa feito pela inteligência.


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