Embaixador cita envio de caças F-16 para a Ucrânia e alerta EUA para eventual retaliação

A transferência de jatos F-16 para a Ucrânia levantaria a questão do papel da Otan no conflito, disse um importante diplomata russo nesta segunda-feira (22), enquanto acusava os Estados Unidos de subordinar a cúpula do G7 à sua política de infligir uma “derrota estratégica” na Rússia.


O presidente dos EUA, Joe Biden, endossou na sexta-feira (19) programas de treinamento para pilotos ucranianos em caças F-16 e o ​​presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu a Biden que a aeronave não seria usada para entrar em território russo.


“Não há infraestrutura para a operação do F-16 na Ucrânia e também não há o número necessário de pilotos e pessoal de manutenção”, disse o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, em comentários publicados no canal de mensagens no Telegram da embaixada.


“O que acontecerá se os caças americanos decolarem dos aeródromos da Otan, controlados por ‘voluntários’ estrangeiros?”


Antonov disse que qualquer ataque ucraniano na região da Crimeia seria considerado um ataque à Rússia.


“É importante que os Estados Unidos estejam totalmente cientes da resposta russa”, disse Antonov.


A Ucrânia intensificou seus ataques contra alvos controlados pela Rússia, especialmente na Península da Crimeia, que a Rússia anexou da Ucrânia em 2014.


Antonov também reiterou uma acusação russa contra os Estados Unidos de submeter os países ocidentais à sua agenda.


“Washington subordinou completamente os membros do G7 à sua própria política em relação ao conflito na Ucrânia”, disse Antonov, acrescentando que os Estados Unidos querem uma “derrota estratégica” para a Rússia.


Durante sua cúpula no fim de semana no Japão, os países do G7 sinalizaram apoio de longo prazo à Ucrânia. O presidente Volodymyr Zelensky, que também participou do encontro, disse estar confiante de que a Ucrânia receberá suprimentos do F-16.


A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro do ano passado, tem retratado cada vez mais o que chama de sua “operação militar especial” como uma campanha contra o Ocidente.


A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamam a ação da Rússia de uma guerra não provocada para tomar terras.


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