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Jair Bolsonaro termina depoimento após cerca de quatro horas na Polícia Federal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a sede da Polícia Federal (PF), após mais de três horas e meia de depoimento nesta terça-feira (16). Ele foi ouvido no âmbito da investigação que apura supostas fraudes em cartões de vacina da Covid-19.


Bolsonaro chegou ao prédio por volta de 13h30 e o depoimento começou às 14h. Ele deixou o local pouco antes das 18h, sem falar com a imprensa. Estava acompanhado dos advogados Fábio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.


Há duas semanas, quatro pessoas ligadas a Bolsonaro foram presas pela PF suspeitos de fazerem parte de um esquema de inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).


A PF quis saber de Bolsonaro se ele tinha conhecimento da manipulação de dados nos cartões de vacina no nome dele e de familiares, como sua filha de 12 anos com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


Segundo fontes, ele afirmou que não pediu a ninguém para falsificar cartões de vacinação contra Covid-19 para ele, nem para inserir dados no ConecteSUS em seu nome. Bolsonaro transferiu a responsabilidade aos seus auxiliares, mas sem culpá-los diretamente.


O depoimento foi prestado na sede da PF, na Asa Norte, região central de Brasília. A reportagem apurou que a Polícia Militar do Distrito Federal  reforçou a segurança do prédio, seguindo o esquema dos outros dois depoimentos anteriores do ex-presidente.


No dia da operação da PF que prendeu seus ex-assessores, Bolsonaro já havia afirmado que não se vacinou contra a Covid-19 e que não houve adulteração em seu cartão de vacinação. A declaração foi feita enquanto ele deixava sua casa, no Jardim Botânico, em Brasília.


O endereço foi alvo de busca e apreensão da PF, que apreendeu o celular do ex-presidente.


Operação Venire

A Polícia Federal prendeu, em 3 de maio, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília. Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, também foram presos. O secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, também foi alvo de prisão preventiva.


O celular do ex-presidente foi apreendido.


As ações fazem parte da Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).


CNN apurou que a cidade de Duque de Caxias se envolve na investigação porque um dos registros encontrados no sistema da Saúde sobre a vacinação de Bolsonaro foi feito em um posto de saúde do município fluminense. Nesse posto, houve um registro de que o ex-presidente teria se imunizado contra a Covid-19 no local, e a investigação apontou que era um dado adulterado.


Ainda no âmbito do inquérito, Mauro Cid será chamado para depor na quinta-feira (18) e a mulher dele, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, na sexta-feira (19). Cid trocou de advogado na semana passada. Saiu Rodrigo Roca e assumiu Bernardo Fenelon. No primeiro depoimento, Cid ficou em silêncio.


Terceiro depoimento

Desde que voltou ao Brasil, em março, Jair Bolsonaro já foi à sede da PF duas vezes.


Primeiro, para prestar esclarecimentos sobre as joias da Arábia Saudita avaliadas em R$ 16,5 milhões com a tentativa ilegal de entrar com elas no Brasil. E depois sobre os atos de 8 de janeiro, no inquérito em que o ex-presidente é investigado como instigador.


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