Um ano após a morte da enfermeira Maria Alessandra Souza da Silva, de 41 anos, seu esposo, o autônomo José Rodrigues da Silva, de 32 anos, e a filha Evelin Rodrigues de Sousa, voltaram ao local do acidente lamentando a morosidade da justiça, que até hoje não tomou uma decisão para punir de fato a envolvida na morte de Maria Alessandra. “Foi marcada uma audiência e ela e seu advogado simplesmente ignoraram, deixando de comparecer, o que é lamentável”.
No dia 25 de maio do ano passado, Maria transitava pela Avenida Nações Unidas, no bairro do Bosque, quando foi atropelada por um automóvel dirigido por Thayna Rodrigues Correa dos Santos, que fez uma conversão proibida e causou o acidente. A enfermeira morreu quando era atendida por colegas de trabalho no pronto-socorro, deixando o marido e uma menina de 3 anos.
De acordo com José Rodrigues, já se passou um ano, no entanto, para ele parece que o acidente ocorreu ontem. “Tem sido muito difícil viver sem a presença da minha esposa, que era uma mulher ativa e cheia de sonhos, principalmente para nossa filha. Tenho travado uma verdadeira batalha, especialmente quando na hora do café da manhã, todos os dias ela pergunta pela mãe e se ela vai volta logo. Então choro baixinho para que ela não perceba”, disse Rodrigues.
Todavia, o que mais revolta José Rodrigues é o descaso que vem sendo dado pela justiça ao caso, que comoveu a cidade, especialmente pela maneira como ocorreu o acidente. A condutora do veículo que causou o acidente poderia ter evitado a tragédia se tivesse dirigido cerca de 50 metros à frente e feito a conversão de forma legal. “Eu e os demais familiares ainda estamos esperando o pronunciamento das autoridades, que seja feita justiça, que até que me prove ao contrário, está sendo falha”, finalizou Rodrigues, que chorava com a filha Evelin nos braços.