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Novo exame de sangue detecta risco de Alzheimer com mais de 96% de precisão

Pesquisadores norte-americanos desenvolveram um novo exame de sangue capaz de detectar a doença de Alzheimer com mais de 96% de precisão e antes do surgimento dos primeiros sintomas.


O novo método de detecção da doença foi desenvolvido por membros da Rowan University, de Nova Jersey (EUA), e pela Durin Technologies. O resultado da pesquisa foi publicado pela publicação científica Journal of Alzheimer’s Disease.


O estudo envolveu 328 amostras de sangue com o objetivo de determinar se um teste que monitora um pequeno número de autoanticorpos de um paciente pode detectar a doença de Alzheimer em condições pré-sintomáticas, com comprometimento cognitivo leve e estágios moderados da doença.


“A patologia da doença de Alzheimer começa uma década ou mais antes do surgimento dos sintomas característicos. Um exame de sangue preciso e não invasivo para detecção precoce e monitoramento da doença de Alzheimer pode dobrar a curva dos resultados clínicos por meio da participação precoce em ensaios clínicos e monitoramento da progressão de pacientes sob tratamento”, explicou o Dr. Robert Nagele, um dos responsáveis pelo estudo, em nota divulgada pela universidade.


Os pesquisadores mostraram que seu teste, usando apenas oito biomarcadores de auto-anticorpos, pode identificar com precisão a presença da patologia da doença de Alzheimer ao longo da progressão da doença, inclusive entre aqueles que não tinham vestígios da doença.


“Nosso teste identificou corretamente 96% dos participantes que foram diagnosticados como cognitivamente normais no momento em que suas amostras foram coletadas, mas que progrediram, em uma média de 48 meses, para o estágio de comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer mais avançada. Até onde sabemos, este é o primeiro exame de sangue a detectar com precisão a patologia relacionada ao Alzheimer vários anos antes que os sintomas clínicos ou testes mais caros e invasivos possam identificar a doença”, disse Dra. Cassandra DeMarshall, investigadora principal do estudo.


O novo exame de sangue pode resultar em tratamentos eficazes para a doença de Alzheimer, já que é minimamente invasivo e barato, facilitando o acompanhamento do desenvolvimento da doença em novos procedimentos e medicamentos. Os pesquisadores observaram que o uso de auto-anticorpos como biomarcadores baseados no sangue é particularmente interessante porque permite o desenvolvimento de uma tecnologia de plataforma para a detecção precoce de várias doenças.


 


 


 


Fonte: ISTOÉ


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