Internet e saúde mental de adolescentes: quais são os sinais de alerta e buscar ajuda

Sem testes prévios ou um plano de voo traçado com cuidado, crianças e adolescentes foram empurrados para as telas de forma precoce quando a pandemia, em seu momento mais crítico, brecou os contatos físicos e pausou as aulas presenciais.


Agora, o uso irrestrito da internet e de redes sociais por adolescentes equivale a “deixar uma criança em praça pública e depois voltar para ver o que aconteceu”, nas palavras de Vera Iaconelli, doutora em psicanálise pela USP, diretora do Instituto Gerar de Psicanálise e colunista do jornal Folha de S.Paulo.


“Aquilo que poderia ter levado mais anos foi acelerado e agente ‘liberou geral’ para este uso. E, agora, retroceder isso, tirar o uso de um produto que é totalmente aditivo, ou seja, que cria dependência psíquica, é um processo que vai depender de algumas ações importantes dos pais, da sociedade, do Estado”, diz Vera em entrevista ao podcast O Assunto.


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