Nesta segunda-feira (20) o Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, apresenta a 15ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 maiores municípios do Brasil. Rio Branco segue entre os 20 piores mas apresentando leve melhora em relação ao levantamento passado: no ranking de 2021 a capital do Acre ocupava a 97ª posição e, em 2023, é a 94ª.
Se serve de consolo, apesar de estar entre os piores Rio Branco tem atualmente saneamento básico melhor que Macapá (AP), Marabá (PA), Porto Velho (RO), Santarém (PA), São Gonçalo (RJ) e Belém (PA) -levando em consideração os critérios do Instituto Trata Brasil.
Rio Branco está há oito anos no ranking dos piores e já ocupou posições melhores. A situação piorou depois de 2014 e a capital do Acre desceu na escala, oscilou e nos últimos anos esteve sempre próximo dos últimos lugares, os piores dos piores. O salto de três posições em 2023 traz algum alívio mas Rio Branco ainda está muito longe de ter um saneamento básico digno.
Com investimentos per capita inferiores aos R$203,51 por habitante estimados através do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) a média das capitais foi de R$113,47 por habitante. Os patamares mais baixos foram observados em Rio Branco com R$ 32,63 por habitante, em Maceió (AL) com R$ 31,68 por habitante, e em Macapá (AP) com irrisórios R$ 16,94 por habitante, o que explica parcialmente sua posição como último do Ranking de 2023.
O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades. Desde 2009, o Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros com base na população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país.
“Nesta edição do Ranking, é observado que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno do acesso à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado” – ressalta Luana Pretto, Presidente Executiva do Trata Brasil.