O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (20) que o nova regra fiscal para o país proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá como base a curva da dívida, o superávit e o controle de gastos.
“O governo encaminha nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal que vai combinar curva da dívida, de outro lado superávit e de outro lado o controle do gasto. É uma medida inteligente e bem feita”, disse Alckmin em evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Haddad apresentou o nova regra fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (17). A âncora deve ser divulgada nos próximas dias, antes da viagem de Lula à China, que ocorrerá entre 26 e 31 de março.
Em sua fala, o vice-presidente ainda criticou o atual patamar da taxa de juros, em 13,75%. Alckmin mencionou o cenário internacional para juros e disse que “nada justifica” o índice.
“Não há nada que justifique 8% de juro real acima da inflação quando não há demanda explodindo e de outro lado quando o mundo inteiro está praticamente com juro negativo”, disse.
Alckmin, durante o evento, elogiou a postura do governo com relação à reoneração dos combustíveis.
“Seria muito confortável e populista não cobrar imposto sobre combustível, mas o governo agiu de maneira correta. Não vou cobrar do diesel porque afeta toda a cadeia e inflação, não vou cobrar gás de cozinha porque afeta as famílias mais pobres. Mas vou cobrar da gasolina. Não posso abrir mão de 30 bilhões de arrecadação”, disse.