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Márcio Freire, surfista pioneiro das ondas gigantes, morre em Portugal

O surfista brasileiro Márcio Freire, de 47 anos, morreu nesta quinta-feira, enquanto surfava na praia do Norte, em Nazaré, Portugal. De acordo com informações repassadas pela Polícia Marítima à imprensa portuguesa, ele foi resgatado por um jet ski após cair na água e estava sofrendo uma parada cardiorrespiratória quando chegou à areia.


Após tentativas frustradas de reanimá-lo, a morte foi confirmada ainda na praia e o corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria. Segundo o jornal português Record, os pais de Márcio estavam acompanhando o filho em Portugal desde o Natal e estavam em Nazaré no momento do acidente. Psicólogos da Polícia Marítima foram colocados à disposição da família.


O surfista Thiago Jacaré, que esteve nas águas de Nazaré na quarta-feira e faz parte da equipe Jagua Boys, da cidade catarinense de Jaguaruna, lamentou a morte do amigo no Instagram. “Descanse em paz meu grande amigo. Mais que um ídolo, um verdadeiro herói e exemplo de pessoa, sentirei muito sua falta. Chegou do Hawaii, veio direto para Jaguaruna, encarou a Laje como poucos, tatuou o Jaguaboys no corpo e fez um legado de amigos na nossa região. Vá com Deus, meu amigo”, escreveu Jacaré.


Márcio Freire é baiano e morava no Havaí, onde fez história ao lado de outros dois baianos: Danilo Couto e Yuri Soledade. Lá eles eram tratados como “Mad Dogs”, cachorros loucos em tradução livre para o português, pois encaravam a temida onda de Jaws, na ilha havaiana de Maui, sem coletes e sem jet skis, diferentemente dos outros surfistas. O trio desbravou muitas ondas gigantes em uma época na qual havia bem menos segurança e inspirou gerações.


POR ESTADAO CONTEUDO


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