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Direção diz que cerca de 400 detentos estavam envolvidos em motim em presídio no interior do Acre

Direção do presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, diz que 400 presos estavam envolvidos em motim — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O motim iniciado pelos presos dos blocos 7 e 8 do presídio Manoel Neri na segunda-feira (2), em Cruzeiro do Sul, teve o envolvimento de cerca de 400 presos, segundo direção da unidade. Elves Barros, diretor do presídio, disse que o motivo ainda está sendo investigado. Pelo menos três celas foram quebradas, mas a direção ainda está fazendo o levantamento dos estragos nesta terça-feira (3).


“Por volta das 18h30 fui acionado juntamente com o apoio, tendo em vista que os blocos 7 e 8 iniciaram um motim e já estava evoluindo para uma rebelião. A Polícia Penal entrou, fez o procedimento correto de contenção e tivemos o apoio das polícias Civil e Militar, Gefron e Corpo de Bombeiros”, disse.


O diretor destacou ainda que nos dois blocos quase 100% dos presos têm ligação com facções criminosas e que é investigado uma possível ordem de fora do presídio.


“Alegam motivos variados, como alimentação, mas mudamos de restaurante há pouco tempo, os presos, inclusive, estavam com televisão nas celas e não tava tendo nenhum tipo de agressão por parte da Polícia Penal, então o motivo é desconhecido. Estamos analisando se houve interferência da facção aqui da parte de fora, ainda estamos avaliando a situação.”


Familiares de presos se concentraram em frente à unidade prisional de Cruzeiro do Sul nessa segunda (2) — Foto: Bruno Vinícius/Rede Amazônica

Foi preciso, segundo o diretor, uma contenção mais firme. “Foi demorado para retomar, mas nenhuma cela foi quebrada ao ponto dos presos saírem, mas houve danos na estrutura interna. Ainda estamos fazendo levantamento de danos materiais, a princípio foi verificado três celas quebradas na parte interna e ainda estamos em período de avaliação da estrutura”, finalizou o diretor.


A comandante em exercício dos Bombeiros na região, tenente Daniela Marques, disse que os militares foram acionados de forma preventiva para prestar apoio e agir em caso de incêndio – o que não foi necessário.


“Por volta das 20h, o Corpo de Bombeiros foi acionado pela Polícia Militar e pelos policiais penais para prestar apoio, inicialmente preventivo, porque não houve incêndio. A guarnição se deslocou com o caminhão de incêndio junto com o salvamento e prestou esse apoio, sendo preventivo, ficando lá no aguardo por cerca de uma hora até a retirada dos colchões e materiais que eles usam para atear fogo”, disse.


Ainda na noite dessa segunda-feira (2), durante o motim na unidade, familiares de presos se concentraram na rua em frente ao presídio, se ajoelharam em busca de informações. O clima chegou a ficar tenso.


Fonte: G1ACRE


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