Um cirurgião cardíaco salvou a vida de um recém-nascido usando uma técnica inovadora que utiliza células-tronco de placentas. Finley Pantry, que atualmente têm dois anos, nasceu com um defeito cardíaco congênito. As duas principais artérias responsáveis por fornecer sangue para os pulmões e para o corpo dele estavam em posições erradas.
Com apenas quatro dias de vida, o morador do Reino Unido foi submetido a uma primeira cirurgia de coração, o objetivo era colocar as artérias dele na posição correta. O bebê acabou sofrendo complicações em decorrência do procedimento e a função cardíaca piorou rapidamente. A criança, então, foi internada em uma unidade de terapia intensiva e passou a sobreviver com a ajuda de um respirador.
Em entrevista ao Daily Mail, a mãe da criança, Melissa Hudd, conta que a família já estava sem esperanças quando o médico Massimo Caputo, do Bristol Heart Institute, entrou em contato. “Quase perdemos nosso filho. Os médicos já tinham nos chamado para uma sala e nos dito que haviam feito tudo o que podiam”.
Células-tronco
Segundo Melissa, o médico explicou que havia um procedimento novo, capaz de corrigir o defeito cardíaco da criança. A operação consistia em injetar células-tronco no lado esquerdo do coração de Finley. O objetivo era que as células auxiliassem a recuperar os vasos sanguíneos danificados.
No entanto, por ser um procedimento novo, o especialista avisou à mãe que não poderia prever totalmente o resultado. Mesmo assim, ela optou por seguir em frente com a tentativa. “Não tínhamos absolutamente nada a perder. Precisávamos tentar dar a ele todas as chances”, relembra Melissa.
Após o procedimento, o bebê apresentou uma melhora significativa. Em poucos dias o uso dos remédios foi suspenso, e ele retirado do aparelho de ventilação mecânica. A criança foi para casa pela primeira vez aos seis meses de idade e, ainda hoje, uma máquina o ajuda a respirar à noite.
“Não temos como agradecer ao Massimo. Acredito que se não fosse pelo tratamento com células-tronco, meu filho não estaria conosco hoje”, afirma Melissa.
Por Metrópoles