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Acre segue com duas queixas de incidência de feixe de luz de raio laser na visão de tripulantes

Diferente de anos anteriores, o Acre segue no décimo mês do ano com dois reportes de notificação de Raio Laser contra Aeronaves, no Centro de investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), conforme consulta do AcreNews junto a autarquia, na manhã de hoje (24).


De acordo com o sistema do CENIPA, as únicas reclamações no estado aconteceram no primeiro dia do ano, por volta das 21h20m e 21h45m nas proximidades do Aeroporto Internacional de Rio Branco – Plácido de Castro. O avião da Latam se aproximava para pousar quando um raio laser, da cor verde, por duas vezes, causou distração na tripulação.


Em 2014, o CENIPA recebeu 14 denúncias no Acre. No ano seguinte, o órgão recebeu duas queixas. Em 2016 foram calculadas seis notificações. Já em 2017, três reportes. Em 2018 foram quatro. Em 2019, data do penúltimo registro, foi computada apenas uma denúncia.


ISSO É COISA SÉRIA


Cientistas americanos realizaram pesquisas com pilotos profissionais, em simuladores com o uso de canetas raio laser, e verificaram que o flash cegava temporariamente o piloto e até provocava queimadura da retina ocular. Em 2013, o piloto de uma aeronave da Asiana que fez um pouso de emergência no aeroporto de San Francisco (EUA) relatou ter sua visão dentro da cabine prejudicada por flashes e reacendeu a discussão sobre o tema. Na ocasião, duas pessoas morreram e 182 ficaram feridas.


De acordo com o CENIPA, a incidência do feixe de luz do laser na visão do piloto é fator potencial de risco para a aviação. Pode acontecer formação de imagens falsas, ofuscamento, cegueira temporária, queimadura e até hemorragia na retina.


O órgão costuma alertar os pais para que orientem seus filhos, pois muitos jovens não sabem das consequências desse comportamento e desconhecem o risco para a aviação. A luz verde é forte o suficiente para afetar a segurança de voo, porque dificulta a leitura dos instrumentos no painel e a visão do ambiente externo para conduzir a aeronave no momento do pouso ou da decolagem.


RESPONSÁVEL PODE PEGAR ATÉ 12 ANOS DE CADEIA


A ação de apontar uma caneta de raio laser verde para um avião pode ser enquadrada como crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, porém caso haja um acidente com mortes, o responsável pode ser condenado até 12 anos.


Por Wanglézio Braga / Foto: Ilustração


AcreNews


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