No mês do Setembro Amarelo, um dos muitos distúrbios psicológicos que muito se discute é o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Não é por menos: estima-se que 2,5% de todas as pessoas no mundo sofram com essa condição.
Apesar disso, muitos que convivem com a doença não têm um diagnóstico adequado. Afinal, muitas vezes ela pode ser confundida com o comportamento maníaco, outra condição muito parecida.
Ficou interessado no assunto? Então, continue a leitura e entenda mais sobre esses dois problemas, além de descobrir as diferenças entre eles.
O que é TOC?
O TOC é um distúrbio psicológico de ansiedade. Ele é reconhecido pela Associação de Psiquiatria Americana, que descreve esse transtorno pela insurgência constante de crises de obsessão e compulsão. Pode vir, ou não, acompanhado de outras complicações, como o transtorno bipolar.
O primeiro desses sintomas descreve a situação na qual o paciente é tomado por pensamentos insistentes e repetitivos. De forma involuntária, a pessoa não consegue se livrar de uma ideia, como se fosse uma música chiclete grudada em nosso cérebro.
Para se livrar dessa obsessão, quem sofre desse transtorno acabam desenvolvendo comportamentos ritualísticos. Pode ser qualquer coisa: roer as unhas, tamborilar os dedos, contar
as chaves.
Na cabeça de um compulsivo, essa ação quase aleatória ajuda a afastar a ansiedade e acaba virando um protocolo. Mas a situação, se não for tratada, acaba se agravando. Os pequenos rituais viram aos poucos uma rotina complexa e o paciente se vê preso em uma situação da qual não tem saída.
Atualmente, a comunidade médica reconhece dois tipos de TOC. A variedade subclínica é aquela menos grave, na qual os comportamentos não comprometem radicalmente a rotina da pessoa.
Mas quando a obsessão toma conta de todos os aspectos da vida, ocorre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo propriamente dito, que necessita de intervenções mais imediatas por parte do especialista.
Quais os sintomas da mania?
A mania, assim como no TOC, é caracterizada por um hábito repetitivo que pode ser incomum, excêntrico e extravagante. Entretanto, esse tipo de comportamento vicioso não tem caráter patológico, ou seja, não causa prejuízos para a vida do paciente.
Elas podem ser ações ligadas à crenças ou superstições pessoais, como bater três vezes na madeira para afastar os maus pensamentos. Em alguns casos também podem ser resultados de estresse ou ansiedade – roer as unhas, por exemplo –, desde que não causem maiores consequências.
O mais comum, entretanto, é que essas atitudes sejam corriqueiras e até mesmo inconsciente. Dormir no mesmo lado da cama, tomar banho virado, ou não, para o chuveiro, guardar as chaves no mesmo lugar, todos são hábitos que podem ser considerados manias.
Qual a diferença entre as duas condições?
A principal diferença entre as manias e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo reside no prejuízo que o comportamento do paciente causa sobre a sua vida. De forma geral, quem sofre de TOC não consegue controlar seus atos, que tendem a se agravar.
Às vezes, porém, pode não ser claro para o paciente ou sequer para o especialista qual é o diagnóstico de certas pessoas. Por isso mesmo diz-se que o tempo é o melhor indicador para diferenciá-las.
As obsessões e compulsões são situações tão graves que o paciente costuma dedicar grande parte do seu dia a elas. Já no caso das manias, elas não exigem grandes esforços e, às vezes,
podem até passar despercebidas.
Além disso, o TOC gera muito desconforto e até mesmo sofrimento, principalmente quando há mudança na rotina e a pessoa se vê impedida de realizar os comportamentos que está acostumada.
Às vezes as manias podem sair do controle. Nesses casos, elas indicam que o paciente pode estar desenvolvendo sintomas do TOC ou de outras condições, como o burnout, que também podem favorecer certos comportamentos obsessivos.
Importante notar, entretanto, que as manias são tão comuns que até obsessivos-compulsivos podem tê-las, convivendo simultaneamente com as duas situações.
Uma pessoa obsessionada com rituais para sair de casa, por exemplo, pode querer manter o guarda-roupas organizados por cor. A diferença é que o primeiro caso é um hábito incontrolável e que causa sofrimento, enquanto o segundo não é mais que um hábito.
Assim, podemos concluir que o Transtorno Obsessivo-Compulsivo é uma condição psicológica grave, enquanto a mania não causa grandes problemas ao paciente. Pessoas que sofrem com a condição devem buscar um profissional de saúde e seguir o tratamento indicado.
Só assim poderão se livrar dos maus hábitos e abrir espaço na rotina para o melhor da vida. Gostou? Compartilhe em suas redes sociais!
Fonte/ Portal Tecmundo