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Remédio utilizado contra diarreia pode ajudar a tratar autismo, diz estudo.

Utilizando medicações já disponíveis no mercado, pesquisadores da Universidade de Oslo, Noruega, publicaram na revista Frontiers in Pharmacology um estudo promissor sobre o tratamento de sintomas do Transtorno do Espectro autista (TEA).


O TEA é uma condição atrelada ao neurodesenvolvimento que apresenta sinais e sintomas como a dificuldade de interação social, dificuldades na comunicação, rigidez cognitiva, hipersensibilidade a sons e texturas, assim como baixo contato visual.


Os sinais são percebidos ainda na infância, e as necessidades dos indivíduos variam em níveis de suporte, podendo ser de Nível 1 (“leve”), até Nível 3 (severo).


Medicamento loperamida mostrou potencial para tratamento de sintomas do autismo.


Não há um tratamento específico para o autismo, apenas terapias com equipe multiprofissional e, caso seja necessário, há o uso medicações para controle de sintomas emocionais.


Os pesquisadores analisaram a interação de proteínas com características comuns em pessoas com TEA, em um programa de computador, e observaram algumas reações promissoras em contato com o efeito de algumas medicações.


O reaproveitamento de medicações já existentes e usadas pela população traz benefícios, como o conhecimento prévio de suas interações, reações adversas, assim como efeitos de longo prazo.


Em especial, um medicamento utilizado para o tratamento de diarreia, o loperamida, mostrou resultados positivos na interação com proteínas, que entre outros fatores, regulam também aspectos do comportamento social.


Os pesquisadores fizeram testes em camundongos que não possuíam a proteína receptora de µ-opióide, e que apresentavam déficit no comportamento social. Após a utilização da medicação, a proteína foi ativada, e os camundongos tiveram o comportamento social restaurado.


Isso acende uma possibilidade, para que um dos sintomas mais comuns em pessoas com autismo, possa receber um tratamento específico, eficaz e seguro.


Apesar de os resultados serem bastante promissores, mais pesquisas devem ser realizadas para que a eficácia do tratamento seja comprovada.


Fonte/ Portal TecMundo


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