Estudante pede sushi e descobre que comida foi parar na delegacia após entregador ser preso

A estudante de pedagogia Lívia Catarina Cerqueira Reschiliani levou um susto na noite de terça-feira (5) em Ribeirão Preto (SP) quando esperava o jantar que tinha pedido por um aplicativo de entrega de comida. Ao cobrar a chegada do sushi, recebeu uma mensagem do restaurante informando que o motoboy tinha sido preso no trajeto até a casa dela.


Publicação viraliza após entregador ser preso durante delivery em Ribeirão Preto, SP


Sem acreditar no que estava acontecendo, Lívia printou a conversa e publicou em sua conta no Twitter. “Gente do céu, o Brasil é pra poucos”, escreveu. “Só queria comer”, tuitou.


O que a estudante não imaginava é que a publicação fosse viralizar. Até a última atualização desta matéria, um dos posts sobre a história contava com 300 mil curtidas.


Após problema com a entrega, restaurante mandou a comida da cliente — Foto: Reprodução/Twitter

Medo de golpe


Lívia abriu o aplicativo de entregas de comida na noite de terça-feira e escolheu o restaurante após analisar o preço e as avaliações. Como tudo pareceu ok, fez o pedido de sushis variados. Quando o tempo previsto de entrega ultrapassou dez minutos, enviou mensagem para saber se o jantar já estava a caminho.


Print mostra conversa entre cliente e restaurante de comida japonesa em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/EPTV

“Eu mandei mensagem e falaram que já estava chegando. Depois de mais uns 20 minutos, a moça me falou que o cara tinha sido parado e que tinha sido preso.”


No aplicativo, a pessoa responsável pelo restaurante escreveu: “O motoqueiro que estava levando seu pedido foi parado e acabou indo preso. Ainda não sabemos por quê. Seu pedido foi junto pra delegacia”.


A jovem contou que ficou com receio da mensagem e que suspeitou que fosse um golpe.


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“Eu tenho uma amiga que já caiu em um golpe de falarem que o motoboy tinha sofrido um acidente, e aí eles levaram uma maquininha para pagar uma taxa e ela passou de R$ 2 mil. A minha primeira reação foi medo de ser golpe. Aí eu perguntei se estava tudo bem e eles me falaram que iam mandar um pedido, que já iam fazer outro e iam mandar. Eu fiquei mais tranquila.”


Quando o jantar finalmente chegou, o motoboy disse à Lívia, informalmente, que a prisão do primeiro entregador teria acontecido por causa de problemas envolvendo pagamento de pensão alimentícia.


O motoboy que veio falou que parece que tinha sido por pensão. Muita gente estava achando que era por droga, mas não, parece que foi pensão. Mas ninguém me confirmou nada, ficou meio por cima assim”, diz.


Depois da entrega concluída, a conversa com o restaurante foi encerrada automaticamente.


Twitter bombando


Na manhã desta quarta-feira (6), quando pegou o celular, a jovem levou outro susto com a repercussão do caso nas redes sociais.


“Eu postei ontem à noite, achando que ia ser só para os meus amigos, porque eu sigo pouca gente no Twitter. Nunca imaginei a repercussão. Eu achei engraçado. Fiquei com um pouco de medo de o restaurante não gostar. Eu até postei que a comida foi boa. Eu achei que o restaurante foi supercompetente em tudo.”


Apesar da confusão, Lívia afirma que pretende pedir comida japonesa de novo no restaurante.


“Eu achei supergostosa a comida. Eles foram solícitos quando eu precisei ali”, diz.


Entregador trabalha como sushiman
Nesta quinta-feira, representantes do restaurante em Ribeirão Preto informaram que o homem preso trabalha no restaurante como sushiman, mas que no dia do pedido de Lívia saiu para fazer entregas porque a demanda estava muito alta.


Eles confirmaram que a prisão ocorreu por falta de pagamento de pensão, mas disseram que não tinham conhecimento sobre o mandado da Justiça contra o sushiman.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o funcionário, de 30 anos, foi preso no bairro Vila Seixas durante fiscalização de trânsito da Polícia Militar.


“Após buscas em sistema viram que o homem tinha mandado de prisão em seu nome. O preso foi encaminhado à cadeia pública de Santa Rosa de Viterbo, onde ficou à disposição da Justiça.”


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