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Cantora mais ouvida do Brasil tem 18 anos, pilota trator e nunca viu Anitta

O nome dela é Ana Castela, mas talvez você a conheça como a boiadeira. A cantora que está no topo da lista do Spotify das 50 músicas mais ouvidas do Brasil com “Pipoco” tem 18 anos, é do Mato Grosso do Sul, e aprendeu muita coisa na fazenda do avô no Paraguai.


“Eu aprendi tudo na fazenda: andar de bicicleta, pilotar moto, trator, carro”, conta Ana em entrevista a Splash. Enquanto fala com a reportagem, o áudio às vezes falha, já que o único tempo que a cantora conseguiu na agenda foi na estrada, sua “casa” atualmente.


O número 1 no streaming chegou um dia antes do papo e a noite tinha sido longa. Ela se reuniu com a família, empresário, amigos e compositores para comemorar a conquista inédita. Entre as celebrações, parte do grupo tatuou “#1” no corpo. Foi a sexta tatuagem de Ana Castela e a primeira de seu pai.


“Estava de boa na minha casa mexendo no celular quando do nada minha mãe começa a gritar: ‘top 1’. Aí olhei e falei ‘bora tatuar’”. O nome, “Pipoco”, que significa estouro, foi uma ideia da própria artista. Ela sentiu que tinha uma música promissora nas mãos.


Para ajudar a transformar em hit, a boiadeira ainda contou com a parceria de Melody e do DJ Chris no Beat. Sim, o hit mistura sertanejo, funk e batidas eletrônicas.


Melody, aliás, usou o topo das paradas para provocar Anitta. Mesmo fã da cantora “desde a época em que ela aparecia criança no Pânico”, Ana deixa claro que não tem nada a ver com isso. “Eu sou uma pessoa muito tranquila. Ela sabe o que tá fazendo, ela e o pai dela. E está tudo bem”, diz.


Apesar da personalidade forte de Melody na mídia, a dona de “Pipoco” conta que a parceira musical de 15 anos, três a menos que ela, é “quietinha” e “boazinha” nos bastidores. “Muito na dela”, conta. No dia da gravação do clipe —que já passa de 30 milhões de visualizações— ela até emprestou roupas para a funkeira ficar com um ar mais de boiadeira.


Já sobre Anitta, Ana Castela não tem nada contra. Pelo contrário. “Meu Deus do céu, sempre escutei Anitta. Meu sonho de criança era ir ao show da Anitta”, conta empolgada. Só que ela nunca viu Anitta ao vivo. “Nunca [foi ao show], minha mãe não deixava eu sair de casa, eu era muito caseira. Agora não tem como mais ficar presa.”


Não mesmo. Com mais oito shows para fazer só neste mês (o de hoje é em Arealva, no interior de São Paulo), a vida da boiadeira realmente mudou demais. De Sete Quedas (MS) ela agora está morando em Londrina (PR). A fazenda do avô no Paraguai ficou muito distante e já faz um mês que ela não pisa na terra. Quando vai, consegue ficar no máximo dois dias.


Mudou tudo. Eu era uma pessoa que era muito reservada, na minha. Hoje já não sou. Trabalho com internet mostrando o que eu faço durante o dia. Estou morando em uma casa diferente, na cidade grande. Minha roda de amigos mudou.”


Ela, que sonhava em conhecer São Paulo, já foi para a capital paulista cinco vezes. Conheceu tiktokers que admirava. Tem até um ciclo de amigos na metrópole. O próximo sonho é conhecer o Rio de Janeiro, de preferência com uma folga na agenda para curtir um dia de praia. A viagem já rola na semana que vem.


Empolgada com o sucesso, a menina usa a terceira pessoa para explicar seu estilo, que deve abrir uma nova fase do sertanejo


“A Ana Castela é nova. É uma artista de agora. Por que não misturar o que o povo gosta? Se você não gosta do seu sertanejo, eu não tenho só sertanejo no meu repertório. Tem muitos outros estilos de música. Pode me escutar que tem para todo gosto. Fiz até uma poesia acústica do agro.”


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