O líder seringueiro Osmarino Rodrigues Amâncio, de 66 anos, fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e que um dia assumiu mandato na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) como suplente da então deputada estadual Marina Silva e que já foi apontado como sucessor de Chico Mendes, o líder sindical assassinado em Xapuri em 1988, não vai votar em Lula para presidente em 2022.
O ex-presidente e agora de novo candidato petista à presidência traiu a causa dos trabalhadores, define o ex-companheiro petista a quem Lula tanto cultua e do qual procura saber sempre que vem ao Acre.
Amâncio diz que continua no mesmo lugar, numa colocação de seringal em Brasiléia e vivendo como um autêntico revolucionário, um radical de esquerda. “Quem traiu os trabalhadores não fui eu”, diz o ex-petista, que agora luta contra um câncer no intestino, que nunca casou nem teve filhos.
“Sou casado com a revolução”, diz, ao revelar que, nas próximas eleições presidenciais, vai votar em Vera Lúcia, candidata do PSTU.