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Norte da Ucrânia sofre ataque; comandante em Azovstal faz apelo a Elon Musk

O Ministério da Defesa da Rússia disse, em seu relatório de hoje, que atacou, com “mísseis aéreos de alta precisão”, depósitos de munição na cidade de Novhorod-Siversky, na região de Chernihiv, norte da Ucrânia. No final de março, a Rússia havia prometido reduzir radicalmente a atividade militar na região e também em Kiev.


A http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração militar da região, porém, indicou que foram atingidas escolas e casas, e infraestrutura crítica”. “Há mortos e feridos”, disse Vyacheslav Chaus, chefe da http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração militar de Chernihiv, sem informar os números. Segundo o serviço de emergências da Ucrânia, ao menos três pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas.


guerra chegou a seu 78º dia com um apelo vindo de Mariupol. Dentro do complexo Azovstal, cercado pelos russos na cidade portuária, no sudeste da Ucrânia, o comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais da Ucrânia, Serhiy Volynsky, publicou um apelo nas redes sociais ao empresário Elon Musk, novo dono do Twitter. Volynsky, inclusive, criou uma página no microblog “só para abordar Elon Musk”, disse. O comandante, inclusive, segue apenas a conta de Musk.


Também hoje, a Rússia indicou que está preparada para responder caso haja envolvimento da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no conflito com a Ucrânia —recado em tom de ameaça, feito no momento em que a Finlândia caminha para integrar a aliança militar. Na ONU (Organização das Nações Unidas), os russos foram ligados a crimes de guerra no território ucraniano.


“Outro planeta”
Na mensagem para Musk, o militar ucraniano Volynsky diz: “As pessoas dizem que você veio de outro planeta para ensinar as pessoas a acreditar no impossível. Nossos planetas estão próximos um do outro, pois moro onde é quase impossível sobreviver. Ajude-nos a sair de Azovstal para um país mediador. Se não você, então quem? Me dê uma dica.” O texto foi publicado no Twitter em uma conta criada na madrugada de hoje, no horário ucraniano. Até o momento, não houve resposta de Musk ao tuíte.


Ontem, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que não vê maneiras para desbloquear Mariupol por meios militares. Já sem civis em Azovstal, segundo as autoridades ucranianas, o complexo tem sido alvo constante de ataques das forças russas contra o último ponto de resistência na cidade portuária.


Volynsky ainda reforçou o pedido “a todas as pessoas do planeta Terra” para que “ajudem Elon a ver meu apelo”. “Diz-se que sua tarefa era inspirar a humanidade, fazê-la acreditar no impossível. Ele provou que não há problemas insolúveis para ele, que tudo é possível!”, escreveu em sua página no Facebook.


Segundo o comandante, em Azostal, as condições são desumanas e que ele já apelou ao “papa, aos líderes mundiais e a diplomatas de todo o mundo”. “Dirigir-se a Elon Musk é um grito forçado da minha alma.” “Todas as palavras já foram ditas. Cada minuto é a vida de alguém! O mundo deve se mover imediatamente”, completou. Ontem, o papa Francisco recebeu esposas de combatentes ucranianos que estão em Azovstal.


Ataques
A Defesa russa também informou ter realizado ações contra Odessa, cidade portuária no sul ucraniano. No local, o ataque foi contra uma estação de radar para guiar um sistema de mísseis antiaéreos da Ucrânia. Nos últimos dias, Odessa começou a ser alvo mais constante de ataques.


Os russos também disseram ter feito um ataque contra um armazém de mísseis e armas de artilharia na região de Kharkiv, leste ucraniano. Como resultado das ações entre ontem e hoje, a Rússia disse ter matado mais de 320 combatentes ucranianos.


A Defesa ucraniana, por sua vez, apontou ter eliminado cerca de 300 soldados das forças russas. Um dos focos de atenção é na área de Donetsk, leste da Ucrânia. Para o Ministério da Defesa do país, a principal tarefa na região “continua sendo estabelecer controle total sobre Rubizhne, e capturar Lyman e Sievierodonetsk.” Na direção de Sievierodonetsk, os ucranianos dizem que as forças russas tiveram “sucesso parcial”.


A Ucrânia também tem observado a movimentação em Belarus, país que faz fronteira com seu território e é aliado da Rússia. “A ameaça de ataques com mísseis e bombas no território do nosso Estado a partir do território de Belarus permanece.” A Defesa ucraniana também vê o país vizinho realizando tarefas para “fortalecer a fronteira”.


Porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov disse hoje que é necessário “tomar medidas adicionais para fortalecer a segurança” na fronteira entre Rússia e Ucrânia. Ontem, governos regionais da Rússia da área fronteiriça estenderam o “nível amarelo de ameaça terrorista”.


Ucrânia na UE
O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu hoje que um lugar seja “reservado” para seu país dentro da UE (União Europeia), embora as negociações para uma adesão sejam longas. “Não falamos de uma adesão da Ucrânia à UE o mais rápido possível, mas é importante que nos reservem este lugar”, disse Kuleba.


Kiev apresentou sua candidatura para uma adesão à UE em 28 de fevereiro, poucos dias depois da invasão russa, mas alguns países expressam dúvidas a respeito.


O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou, na segunda-feira, que seriam necessárias “décadas” para que um país como a Ucrânia possa aderir à UE, mas sugeriu que Kiev passe a integrar uma “comunidade política europeia”, que poderia contar, inclusive, o Reino Unido, que saiu da UE em 2020. A ideia recebeu o apoio do chanceler alemão, Olaf Scholz.


“Ameaça”
A Rússia é a “ameaça mais direta” para a ordem internacional por sua invasão da Ucrânia, afirmou hoje a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em razão de “sua guerra bárbara contra a Ucrânia e seu pacto preocupante com a China”. Von der Leyen teve reunião com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.


Os dirigentes da UE participaram em Tóquio de uma série anual de conversações, no momento em que grande parte da comunidade internacional defende o aumento da pressão sobre Moscou devido à guerra. “A invasão russa da Ucrânia não é uma questão apenas europeia, pois abala as bases da ordem internacional, incluindo a Ásia. Isto não deve ser tolerado”, declarou Kishida, cujo governo aderiu às sanções contra Moscou.


Fonte/ Uol.noticias


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